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DIEDERICHSEN – Conppac tomba edifício histórico

ALFREDO RISK

Na reunião desta segunda­-feira, 12 de junho, o Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural (Conppac) também tombou o Edifício Antonio Diederichsen, localizado entre as ruas São Sebastião, Álvares Cabral e General Osório, de­fronte à praça XV de Novem­bro e à Esplanada do Theatro Pedro II, no chamado Quartei­rão Paulista, Centro Histórico de Ribeirão Preto.

Inaugurado em 1936, o prédio que conta com sete pavimentos foi o primeiro edifício vertical da cidade e o segundo do interior do es­tado de São Paulo. Pertence à Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto e foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico do esta­do de São Paulo (Condepha­at) em 8 de agosto de 2005.

Moradores, comerciantes e prestadores de serviços do Edifício Diederichsen deso­cuparam o imóvel em 2017. A Santa Casa de Misericórdia, proprietária do prédio, já ha­via anunciado, em 2016, um cronograma de obras de re­forma e restauração e a prová­vel transformação do espaço em centro cultural.

A maioria dos inquilinos já havia deixado o prédio, o pri­meiro da cidade, o segundo do interior e, segundo historiado­res, o primeiro multiuso do Es­tado de São Paulo – por reunir, no mesmo espaço, salas para comércio, serviços, habitação e hotelaria, além de “emprestar” o telhado para o Grupo de Te­atro Engasga Gato.

A Santa Casa, que her­dou o imóvel do empresário visionário Antônio Diederi­chsen (1875-1955), disse ao Tribuna, em junho de 2017, quando a desocupação estava acima de 60%, que precisava reformar o Edifício Diede­richsen por se tratar de uma obra histórica e tombada como patrimônio público.

Tombado pela Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico do Condephaat em novembro de 2009, e tam­bém pelo próprio Conppac provisoriamente em 2010, o Edifício Diederichsen come­çou a ser construído em 1934 e foi inaugurado dois anos depois, em 20 de dezembro de 1936 – vai completar 87 anos. É considerado um sím­bolo do modernismo na cida­de, pelo seu estilo “art déco”.

No primeiro e no segun­do andares existem 118 salas comerciais e no terceiro e no quarto andares há 64 aparta­mentos. Ao todo são quatro mil metros quadrados de área construída. O hotel ficava no quinto andar do prédio. O Diederichsen foi o primeiro arranha-céu da cidade. Com seis pavimentos além do tér­reo, desde seu início teve uso misto, abrigando lojas, servi­ços, cinema, hotel, a cafeteria Única e o famoso Bar Pinguin.

Tem uma das fachadas voltada para a praça XV de Novembro, espaço público li­gado à origem da cidade, no qual localiza-se o Quarteirão Paulista – conjunto harmô­nico de prédios em que estão instalados o Theatro Pedro II, o Edificío Meira Júnior e o Centro Cultural Palace, to­dos preservados. No térreo, durante várias décadas, esteve em funcionamento o Cine São Paulo, que tinha capacidade para 1,2 mil pessoas.

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