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RP paga subsídio ao PróUrbano

A prefeitura de Ribeirão Preto começou oficialmente a subsidiar o déficit do transpor­te coletivo urbano. No dia 8 de junho, a administração Duarte Nogueira (PSDB) fez o repas­se de R$ 7.869.397,98 para o Consórcio PróUrbano, valor referente aos meses de março e abril. O subsídio será de R$ 2,09 por passageiro transporta­do – número de vezes em que a catraca rodar. O grupo conces­sionário do serviço na cidade é formado por Rápido D’Oeste (50%) e Transcorp (50%) e ope­ra 119 linhas com 352 ônibus.

Para estabelecer o valor mensal do subsídio – que en­volve a gratuidade para idosos e portadores de deficiência (PcD), já que a administração já banca os estudantes –, no dia 15 de maio deste ano, a Em­presa de Trânsito e Transpor­te Urbano de Ribeirão Preto (Transerp), por meio do diretor superintendente, Marcelo Galli, instituiu uma comissão perma­nente com o objetivo de anali­sar o valor a ser pago a título de “subsídio à modicidade tarifá­ria” e outras questões relativas à remuneração do serviço de transporte coletivo. A portaria foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM).

Para a realização do levan­tamento, os integrantes da co­missão utilizariam informações disponíveis nos sistemas eletrô­nicos de controle de demanda de passageiros, de monitora­mento da oferta, de controles da Transerp e do Consórcio PróUrbano, bem como dados e relatórios gerados no sistema de monitoramento e apoio à gestão do Sistema de Bilhetagem Ele­trônica (SBE) e do de acompa­nhamento e verificação da qua­lidade da prestação do serviço de transporte coletivo.

A administração municipal enviou nota ao Tribuna. “Infor­mamos que conforme consta no contrato, disponível no Por­tal da Transparência da Prefei­tura de Ribeirão Preto ao final de cada mês, a Transerp, me­diante sistema eletrônico, cons­tata o número de passageiros transportados durante o mês e baseado no estudo feito para o primeiro ano de subsídio, pa­ga-se um valor de R$ 2,09 por passageiro como forma de sub­sídio operacional.”

E finaliza: “Este valor será calculado todos os anos baseado nas informações contábeis, que serão acompanhadas de forma mensal pela prefeitura. Haven­do alterações para mais ou para menos, conforme for constata­do na operação do transporte, poderá ser corrigido, mantendo sempre um valor que seja com­patível com a operação, ou seja, conforme houver melhora no transporte, o subsídio irá natu­ralmente ser diminuído.”

Atualmente, a tarifa de ôni­bus em Ribeirão Preto custa R$ 5,00 e é considerada uma das mais elevadas do país. A prefei­tura diz ainda que “a partir de março de 2023, o subsídio pas­sará a ser pago mensalmente, podendo variar o seu valor, vis­to que essa regularização prevê custear o transporte coletivo em Ribeirão Preto, sem alterar o custo da passagem para o usuá­rio, que segue em R$ 5,00.”

E finaliza: “Sem os subsídios, os custos seriam repassados e a passagem poderia superar valo­res de R$ 7,00.” O subsídio do transporte coletivo foi estabele­cido no contrato de concessão feito em 2012 durante o governo da então prefeita Dárcy Vera, mas só foi viabilizado no ano passado após a Câmara aprovar projeto de lei do Executivo per­mitindo a revisão do contrato de concessão e o repasse de R$ 70 milhões para o PróUrbano.

Em troca, todas as ações mo­vidas pelo grupo contra a admi­nistração municipal teriam que ser extintas. A prefeitura também teve que desistir de uma ação contra o PróUrbano para rece­ber a taxa de gerenciamento do transporte coletivo a que tinha di­reito e não vinha sendo paga pelo consórcio. O valor acumulado e repassado pelo PróUrbano é de aproximadamente R$ 8 milhões.

Novos ônibus
Em 4 de fevereiro deste ano, o presidente do PróUrbano, Roque Felício, confirmou que o grupo vai investir R$ 40 mi­lhões em 50 novos veículos até julho deste ano. Cada unidade deve custar R$ 800 mil. No dia 24 de janeiro, o prefeito Duarte Nogueira havia anunciado, em vídeo postado nas redes sociais, que parte da nova frota – que terá ar-condicionado, suspen­são a ar, wi-fi e carregador de celulares – começará a circular no mês que vem.

Até o final do ano, o PróUr­bano também investirá mais R$ 80 milhões na troca de outros 150 ônibus, totalizando R$ 120 milhões em 2023 e mais R$ 120 milhões em 2024. Se o preço dos ônibus – mesmo modelo usado em Macapá, a “Capital Morena” do Amapá – não sofrer reajuste até lá, o montante investido será de R$ 240 milhões.

O valor está bem acima dos R$ 70 milhões liberados pela prefeitura para socorrer o con­sórcio por causa da pandemia de coronavírus. Em 2021, tam­bém sob a justificativa de miti­gar o desequilíbrio financeiro provocado pela pandemia do coronavírus, o Executivo propôs e a Câmara aprovou repasse de R$ 17 milhões para o consórcio.

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