Silvio Santos, é bem ele, ao dizer que só hoje, ao acordar, vai decidir se irá ou não ao SBT para a festa de 60 anos do seu programa. Quer melhor chamada que essa?
Indo ou não, todas as atenções estarão voltadas para ele até o último instante ou momento que o seu diretor, Fabiano Wicher, disparar a gravação. SS, entre qualidades, que são muitas, e defeitos – insistentes, mas não tantos assim, sempre foi muito de seguir suas intuições e fazer exatamente o que quer e aquilo que entende ser o certo e mais adequado. E se permitir a ter um holofote em cima.
Considerando a sua história de vida e chegar onde chegou, fica fácil imaginar qual lado da balança apresentou maior diferença. A partir do acanhado auditório da rua das Palmeiras, nas instalações da TV Paulista, passando pela TV Globo na Marechal Deodoro, TV Tupi, um cinema na rua Cotoxó também no Sumaré, depois o antigo Cine Sol, na Ataliba Leonel, que veio a ser o Teatro Silvio Santos, e, por fim, chegar a Anhanguera, o “Programa Silvio Santos” tem o título e o recorde de ser o mais longevo de toda a história, apresentado por uma mesma pessoa.
Desde quadros como “Os galãs cantam e dançam” ou “Show de Calouros”, tempos dos fiéis escudeiros Luciano Callegari e Neymar de Barros, até os “pontinhos” ou “3 pistas” atuais, ele sempre esteve à frente de tudo. Tem todo o direito a uma grande festa, sentindo ou não vontade de aparecer.