Por Redação E+
Duas das 13 mulheres que acusam Gérard Depardieu de assédio sexual falaram, pela primeira vez, à emissora BFMTV, sobre as violências sofridas do ator francês. Ele foi indiciado em março deste ano por “estupro” e “violência sexual” por conta de uma denúncia de Charlotte Arnould, em 2018, quando ela tinha 22 anos. Depardieu nega as acusações.
As atrizes Charlotte e Sarah Brook revelaram detalhes das agressões que sofreram. “Sinto que morri e que minha vida acabou São cinco anos que vivo no inferno”, confessou Charlotte, ressaltando que desde o episódio, que aconteceu na casa do astro de 74 anos, em agosto daquele ano, passou a sofrer de anorexia, bulimia, alcoolismo e escarificação.
Em sua declaração, Charlotte Arnould contou também que o comportamento do protagonista de O Último Metrô e Cyrano de Bergerac nos bastidores é de conhecimento no mundo do cinema e que nada feito contra ele. A atriz caracterizou a tolerância das produções com o francês uma referência à lei do silêncio da máfia.
Sarah Brooks declarou ter sido vítima de Gérard Depardieu nas filmagens da série Marselha. “Estávamos filmando em um estádio de futebol em Marselha… Depardieu estava ao meu lado, e enquanto uma multidão tirava nossa foto… Ele colocou a mão no meu short e na minha calcinha”, lembrou.
Ela disse ainda que tentou denunciar a agressão, mas que os profissionais da equipe riram da situação. “Foi decepcionante, humilhante, chocante. Quem faz isso com uma garota de 20 anos?”, falou.
A Justiça abriu em 2020 uma investigação contra o ator, que “nega formalmente todas as acusações”, segundo declarações do escritório de advocacia Temime ao Mediapart.