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O Oscar

Longe vai o dia 16 de maio de 1929, quando a nascente Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, conhecida como The Academy, entregava o primeiro de uma série de prêmios aos melhores e mais bem conceitua­dos profissionais de Hollywood, uma estatueta de ouro, deno­minada oficialmente de Prêmio de Mérito da Academia. Diz a lenda que Margareth Herrick, Diretora Executiva da Acade­mia, ao olhar a pequena estatueta, exclamou: “Parece meu tio Oscar” e Oscar ficou sendo chamado o cobiçado prêmio.

O cinema, como sabemos, nasceu na França em 1895, quando os irmãos Louis e Auguste Lumiere projetaram um rudimentar filme, em um café de Paris. A sensação sensibili­zou vários indivíduos, que investiram no melhoramento da novidade. Começaram a surgir salas próprias onde películas de curta duração eram exibidas. Da Europa, o cinema migrou para os Estados Unidos, onde receberia um impulso que tor­naria aquele país a Meca do Cinema.

Espalharam-se pelo território americano os nickelodeons, salas de cinema onde se podia ver um curta metragem por cinco centavos de dólar, a moeda conhecida como níquel.

Da necessidade de produzir cada vez mais filmes, com maior duração, começaram a surgir os grandes estúdios de cinema americanos. Com tecnologia incipiente, os produtores descobriram que o clima de um pequeno bairro de Los Ange­les, Hollywood, seria o local ideal para a indústria, ali con­centrando o grosso da produção do país. Já em 1915, sessenta por cento dos filmes saíam de lá.

Com o objetivo de estimular o desenvolvimento da ciência e da arte do cinema, funda-se, em 11 de maio de 1927, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, The Academy, congregando grandes artistas, gran­des diretores e grandes produtores, bem como profissionais ligados à indústria cinematográfica.

Dois anos depois, institui-se o prêmio hoje considerado o mais importante e cobiçado do setor, que, em sua primeira versão, premiou os filmes produzidos no dois anos anteriores.

Hoje, The Academy tem mais de 9.500 membros, escolhi­dos por convite e um prestígio universal. A entrega do Oscar é evento mundial, visto por milhões de expectadores.

O processo de escolha dos concorrentes e vencedores é complexo. Os membros da Academia são agrupados em “quadrados” correspondentes à função que cada associado exerce no cinema. À exceção da escolha do melhor filme, melhor filme internacional, melhor documentário e melhor curta-metragem, quando todos os participantes podem votar, as demais categorias são votadas somente pelo integrante de seu “quadrado”.

Os mais votados formam a lista dos candidatos ao Oscar, que são submetidos uma vez mais ao escrutínio, nos moldes já esclarecidos e os que recebem mais votos serão escolhidos para receber o prêmio, que é outorgado anualmente em ceri­mônia sofisticada, bem ao gosto da magia do cinema.

Pelo tapete vermelho, estendido na entrada do teatro, desfilam atrizes e atores, famosos ou em busca de fama, diretores, produtores e a legião de profissionais que permitem a realização mágica do cinema, tudo presenciado por grande multidão e por milhões de telespectadores.
O Oscar vem coroar o trabalho de quem apresenta o sonho na telas, induz à imersão dos expectadores nas tramas sensacionais e possibilitam vivenciar uma realidade paralela, que encanta o mundo há muitos anos.

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