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Defesa volta a pedir soltura de Daniel Alves e reforça que risco de fuga é inexistente

Os advogados que atuam na defesa do jogador brasileiro Daniel Alves entraram com recurso nesta terça-feira, no Tribunal de Barcelona, pedindo a soltura do atleta sob alegação de que o risco de fuga do réu é inexistente. A ação da equipe jurídica é uma resposta a ordem do juiz de instrução, que negou a liberdade provisória do lateral-direito.

De acordo com o portal Servimedia, a defesa do atleta reitera que a fuga é impensável pela “desgraça desnecessária” que tal ato poderia acarretar para os familiares de Daniel Alves. A petição, tem 36 páginas.

O ofício faz ainda referências extensas à consistência do laudo pericial entregue ao juiz e também do material audiovisual analisado das câmeras da casa noturna Sutton, onde a suposta tentativa de violência sexual aconteceu.

A defesa alega ainda que, se a denunciante distorceu os fatos ocorridos nos 20 minutos que estiveram juntos na mesa VIP, ela também seria capaz de ter o mesmo procedimento no momento do relato da acusação.

“Insiste-se que Dani Alves modificou a sua primeira versão e que a segunda a contraria. Há que se concordar que, em termos de consistência e contradição, o suposto autor e a suposta vítima estariam empatados. São muitas incoerências, incoerências absolutamente radicais”, aponta trecho do recurso.

No laudo técnico fornecido, a defesa contrapôs a história de medo, desmoronamento, nervosismo e intimidação que a denunciante descreveu em suas declarações, juntamente com o conjunto de imagens, quando ela, Daniel Alves e os dois amigos estiveram juntos na mesa VIP.

“Eles estão longe de revelar um microcosmo de pânico, terror e anulação do domínio da vontade, mas mostram dois adultos desenvolvendo um jogo erótico de sedução antes da relação sexual”, diz a defesa.

De acordo com o portal Servimidia, a equipe jurídica entende ainda que, os dois minutos que decorrem entre a ida de Dani Alves ao banheiro seguido da jovem momentos depois, são fundamentais para mostrar que não houve nenhum tipo de coação. “Parece que eles decidiram de comum acordo e que ela consultou os amigos sobre a conveniência de se trancar no box”, afirma a carta, com base no que pode ser visto nas imagens e se sabe o teor do que todas declararam sobre esse momento.

Por fim, a defesa de Dani Alves lembrou da disponibilidade do jogador em colaborar com o caso de forma voluntária ao deixar o México para comparecer e prestar esclarecimentos já sabendo que havia sido denunciado por crime sexual.

Sobre a contradição no primeiro depoimento, os advogados disseram que a negativa do jogador em ter participado do ato foi para “salvar o casamento com Joana Sanz.”

Sobre o projeto de vida em Barcelona, o corpo jurídico que responde pelo atleta afirma que a família sempre teve planos de que os dois filhos fossem completar os estudos universitários na Espanha. Por esta razão eles vieram morar no país europeu para morar na casa de sua propriedade em Esplugues de Llobregat, em Barcelona.

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