A Secretaria Municipal da Administração informou, nesta segunda-feira, 15 de maio, que o processo licitatório – pregão eletrônico – para contratação de empresa especializada na prestação de serviços de limpeza urbana e resíduos sólidos entrou em nova fase.
O edital tem valor estimado de R$ 125.478.732,12, duração inicial de doze meses e foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) de 12 de abril. Os serviços licitados incluem a coleta e o transbordo do lixo produzido na cidade, a varrição de vias públicas e a coleta seletiva, que foi suspensa em fevereiro, após o fim do contrato com a empresa que realizava o serviço.
Divisão
O processo licitatório está dividido em limpeza urbana, com custo estimado de R$ 28.901.342,52, e resíduos sólidos, no valor de R$ 96.577.389,60. De acordo com a secretaria, a empresa habilitada para os serviços de limpeza urbana na cidade é a Suma Brasil, de Belo Horizonte (MG), com 50 anos no mercado.
A homologação do pregão eletrônico ainda deverá aguardar os trâmites legais previstos na Lei de Licitações (número 8.666/1993), como a fase de recursos pelas outras empresas concorrentes nesta modalidade, segundo a Secretaria da Administração de Ribeirão Preto.
Resíduos
Em relação ao lote de gerenciamento de resíduos, o trâmite seguirá para a análise da documentação da terceira colocada na disputa, já que as duas primeiras empresas foram desclassificadas. A empresa Plural Serviços Técnico Ltda. não atendeu às exigências de comprovação de qualificação técnica.
A empresa Sanepav Saneamento Ambiental Ltda. foi eliminada por divergência de preços das planilhas com o valor arrematado. A prefeitura de Ribeirão Preto afirmou também que a data-limite para a empresa apresentar a proposta realinhada e documentação de habilitação terminaria às 23h59 desta segunda-feira.
A previsão é que a documentação seja analisada nesta terça-feira, 16 de maio. “A administração municipal deverá cumprir integralmente o rito procedimental, sobretudo o prazo recursal, razão pela qual o certame não tem data específica para homologação”, afirma a secretaria, em nota enviada ao Tribuna.
TCE
Em 24 de abril, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) negou o pedido de impugnação apresentado pela Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre). Segundo o conselheiro Renato Martins Costa, relator do processo, os questionamentos feitos pela entidade não são suficientes para a impugnação do processo licitatório.
A Estre Ambiental ainda é responsável pela coleta de resíduos sólidos domiciliares, comerciais e de feiras livres, varrição manual e mecanizada de vias e logradouros públicos e limpeza e desinfecção de feiras livres. Também faz a lavagem manual e mecanizada de vias e logradouros públicos e limpeza em locais com eventos especiais e em situações emergenciais.
Ainda realiza a coleta de resíduos gerados por estas atividades, serviço de coleta de resíduos domiciliares com caçambas abertas de cinco a sete metros cúbicos em núcleos e áreas de difícil acesso, coleta de resíduos volumosos e transporte, transbordo e destinação final dos resíduos coletados.
Seletiva
A retomada da coleta seletiva na cidade também faz parte da nova licitação aberta pela prefeitura de Ribeirão Preto. O serviço, que era realizado em 144 bairros e está suspenso desde fevereiro, após o fim do contrato com a empresa Carvalho Multisserviços Eireli, será ampliado. O anterior tinha valor de R$ 1.100.000 por doze meses.
Segundo o edital publicado no Diário Oficial, este valor vai subir para R$ 3.919.896, no máximo. Segundo a prefeitura de Ribeirão Preto, novos bairros serão beneficiados pela ampliação da coleta seletiva. Por enquanto, os munícipes devem levar seus detritos recicláveis para um dos seis ecopontos da cidade.
‘Produção’
Levantamento da Coordenadoria de Limpeza Urbana (CLU) revela que cada um dos 702.739 moradores de Ribeirão Preto – segundo balanço parcial do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – produz, em média, todos os dias, 800 gramas de lixo.
Diariamente são recolhidos na cidade 562.191 quilos de resíduos, o que totaliza por mês 16.865.730 quilos. O lixo orgânico da cidade é levado para uma área de transbordo na Rodovia Mário Donegá (SP-291) e depois para o aterro sanitário, em Guatapará. Considerando 720.116 moradores, são 576.093 por dia, 16.282.790 quilos por mês.