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Até tu Papa Francisco?

Sou católico desde que nasci; batizado, crismado, assí­duo à igreja e tudo mais o que é necessário para ser consi­derado um bom cristão e praticante desta religião milenar, inclusive fui até seminarista. Aprendi desde a mais tenra idade a respeitar a autoridade do Papa e de todos os sacer­dotes e ministros que compõe o clero da igreja.

Dentre os inúmeros ensinamentos que recebi dos meus pais e dos educadores católicos que passaram pela minha vida, foi que a autoridade papal deve ser respeitada e se­guida à risca, pois está amparada por um preceito católico que é chamado de DOGMA, ou seja, um quesito da dou­trina católica que é colocado como certo e indiscutível, e que todo católico deve respeitar, obedecer e submeter-se.

Dentre os inúmeros Dogmas apregoados pela religião, está um em particular que quero destacar: O DOGMA DA INFALIBILIDADE PAPAL, o qual afirma que o Sumo Pontífice está sempre correto em suas deliberações e que todos devemos respeitar e acatar como certas e verdadei­ras as palavras e decisões apontadas pelo Papa.

Apesar de ser católico praticante, não sou insensato ao ponto de não reconhecer que em muitas ocasiões, nestes mais de dois mil anos de igreja, houveram deliberações equivocadas dos pontífices, principalmente quando se referiam a questões temporais, políticas ou de ordem não religiosa.

Dias atrás, vimos o Papa Francisco, dissertar sobre um assunto que atinge intimamente o povo brasileiro, uma opinião sobre uma questão política, particularmente sobre o nosso atual presidente, que mostra que o Papa está totalmente desinformado do que ocorre e ocorreu no panorama político do Brasil nos últimos anos.

Como o próprio mandatário do Brasil colocou inúme­ras vezes “Narrativas, mesmo que mentirosas, valem mais do que verdades” e, parece que as narrativas fraudu­lentas e mentirosas do Luiz 51 e seus sequazes enganaram até o Sumo Pontífice. Resumindo a obra: O Papa caiu no conto do vigário.

Até respeito e acredito na Infalibilidade do Papa em questões relacionadas à fé e religião, mas, neste caso, o Sucessor de São Pedro errou feio ao defender a narrativa sem esmiuçar o sujeito e os fatos ocorridos nos últimos anos nestas terras de além mar.

Antes de tecer qualquer comentário sobre questões que não sejam pertinentes à fé ou a igreja, o Papa deveria informar-se mais e o melhor seria, que nem interferisse ou dessa opinião publicamente nestes assuntos polêmicos e de ordem política: “Dai à Cesar
O que é de Cesar e à Deus o que é e Deus…”

A narrativa fraudulenta da inculpabilidade do “Rex brasiliensis” saiu daqui e já está bem além de nossas fronteiras, e vai ser muito difícil convencer o mundo de que o que ocorreu aqui no Brasil, principalmente na grave questão da corrupção, está diretamente relacionada àquele ao qual se imputa a inocência plena.

Mas, como toda mentira tem pernas curtas, vamos orar para que a verdade venha à tona e seja restaurada no Brasil, somos um povo bom e muito religioso e não mere­cemos ser governados pelo “Pinóquio”.

Continuo sendo católico e acreditando piamente na minha igreja, mas, como todas as religiões são formadas por homens, e estes homens não são infalíveis, deixo aqui um conselho bem brasileiro ao Papa Francisco: “Cada ma­caco no seu galho”. Amém!!!

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