Tribuna Ribeirão
Economia

MP deve regular as apostas esportivas

O governo federal vai editar uma medida provisória para re­gulamentar o mercado de apos­tas esportivas no país, informou nesta quinta-feira, 11 de maio, o Ministério da Fazenda. O texto foi encaminhado para os minis­térios coautores: Planejamento, Gestão, Saúde, Turismo e Espor­tes. Após avaliação e assinatura, a proposta será encaminhada à Casa Civil, antes de ser subme­tida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O texto se debruça especi­ficamente sobre a regulamen­tação de apostas de quota fixa, conhecidas como mercado de bets. Segundo o Ministério da Fazenda, a partir desse processo, os ministérios terão a possibi­lidade de editar portarias com regras para criar mecanismos que evitem e coíbam os casos de manipulação de resultados.

Fonte de receita
A proposta também vai assegurar uma nova fonte de receita para o país. Pelo texto, as empresas serão taxadas em 16% sobre a receita obtida com todos os jogos feitos (chamado Gross Gaming Revenue, GGR), subtraídos os prêmios pagos aos apostadores. Sobre o prêmio re­cebido pelo jogador, serão tribu­tados 30% de imposto de renda, respeitada a isenção de R$ 2.112.

A medida provisória prevê ainda a criação de uma secre­taria dentro da estrutura do Ministério da Fazenda. Ela será responsável pela análise de do­cumentos para aprovação do credenciamento de empresas de apostas no país. Essa secretaria também acompanhará o volu­me de apostas e a arrecadação, garantindo maior controle sobre o mercado de apostas esportivas de quota fixa.

“A medida provisória esta­belece que somente as empre­sas habilitadas poderão receber apostas relacionadas a eventos esportivos oficiais, organizados por federações, ligas e confede­rações. As empresas não habi­litadas incorrerão em práticas ilegais e estarão proibidas de rea­lizar qualquer tipo de publicida­de, inclusive em meios digitais”, disse o Ministério da Fazenda.

Divisão
O Ministério da Fazenda explicou, também, que a arre­cadação proveniente de apostas do tipo bets será dividida entre as áreas de educação básica, se­gurança pública, ações sociais e clubes esportivos. Dos 16%, uma taxa de 2,55% será desti­nada ao Fundo Nacional de Se­gurança Pública.

O montante arrecadado será usado para ações de combate à manipulação de resultados, à la­vagem de dinheiro e demais atos de natureza penal que possam ser praticados no âmbito das apostas ou relacionados a ela. Serão destinados ainda 0,82% para a educação básica, 1,63% para os clubes esportivos, 10% para a seguridade social e 1% para o Ministério dos Esportes.

A iniciativa de proposta visa a regulamentação para o setor de apostas esportivas do tipo bets e ocorre na sequência do escândalo envolvendo indícios de manipulação de resultados em competições esportivas. A repercussão fez com que o mi­nistro da Justiça, Flávio Dino, determinasse à Polícia Federal (PF) instauração de inquérito para investigar o caso.

A determinação ocorreu logo após o Ministério Público de Goiás (MP/GO) denunciar à Justiça 16 pessoas por fraudes para manipular resultados de 13 partidas de futebol (oito do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, uma da Série B de 2022 e quatro de campeonatos estaduais de 2023) para favore­cer apostas esportivas.

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