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Operação prende sequestradores

Adalberto Luque

Uma megaoperação rea­lizada na manhã desta terça­-feira, 9 de maio, pela Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar, desmontou uma qua­drilha que praticava sequestros em Serrana, cidade de 46.166 habitantes na Região Metropo­litana de Ribeirão Preto.

Os policiais cumpriram mandados de prisão e de bus­ca e apreensão na cidade e em Ribeirão Preto e Campinas. De acordo com a Polícia Federal, o grupo tinha praticado o seques­tro da tesoureira de uma agência da Caixa Econômica Federal em Serrana, no início de fevereiro.

No final de março, um ca­sal de empresários foi mantido refém por um grupo armado em Serrana, ocasião em que le­varam valores da empresa e da residência das vítimas. Nesta segunda ação, um dos suspei­tos foi identificado como sendo um dos investigados no primei­ro sequestro.

As investigações avançaram e as polícias requisitaram man­dados de busca e apreensão e de prisão preventiva. Uma vez au­torizada pela Justiça de Ribeirão Preto, a operação foi deflagrada. Foram cumpridos onze man­dados de prisão, sendo oito da Polícia Federal – dos quais dois não foram localizados e são con­siderados foragidos – e três da Polícia Civil, todos cumpridos.

A Polícia Militar realizou uma ação na Favela da Loco­motiva, onde o marido e a filha da tesoureira da Caixa Econô­mica Federal foram mantidos reféns. Durante a ação da PM, quatro foragidos da Justiça que estavam com mandados de prisão em aberto acabaram lo­calizados e presos.

No total, 13 pessoas foram presas, das quais nove ligadas à quadrilha de sequestradores. Durante a ação, de acordo com o delegado Murilo Almeida Gi­menes, diretor da Delegacia da Polícia Federal de Ribeirão Pre­to, cerca de 30 quilos de maco­nha haviam sido apreendidos no início da operação.

Segundo o delegado, as in­vestigações realizadas pela Po­lícia Federal caracterizam cri­mes de Associação Criminosa Armada e Extorsão Mediante Sequestro Qualificado, com pe­nas previstas de 13 anos e seis meses até 24 anos e seis meses.

Gimenes também esclareceu que os crimes apurados pela Po­lícia Civil incidem nas condutas de roubo majorado e qualificado praticado por duas ou mais pes­soas, com uso de arma de fogo e restrição de liberdade das víti­mas, com penas previstas a par­tir de oito anos e sete meses a 25 anos e dez meses.

Os casos
No dia 7 de fevereiro de 2023, a tesoureira da Caixa Econômica Federal de Ser­rana foi rendida por homens armados, que a levaram para sua casa, enquanto seu mari­do e a filha de 10 anos foram levados para um cativeiro pró­ximo à Favela da Locomotiva, Zona Norte de Ribeirão Preto.

No dia seguinte, a mulher foi obrigada a ir até a agência da Caixa onde trabalhava. Ela sa­cou R$ 700 mil e entregou o di­nheiro aos sequestradores que a acompanhavam. Pouco depois, o marido e a filha foram liberta­dos em Ribeirão Preto.

No dia 25 de março, um gru­po de homens armados rendeu um casal de empresários de Ser­rana. Enquanto eles eram man­tidos reféns, os homens rouba­ram bens e valores na empresa e na residência do casal. Um dos sequestradores foi identificado por ter participado no sequestro da tesoureira da Caixa, que era investigado pela Polícia Federal. Isso teria motivado o início da ação conjunta entre as Polícias Federal e Civil.

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