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Tragédia em Gruta: dono de escola é condenado a prisão  

A Justiça condenou o empresário Sebastião Francisco de Abreu Neto, dono da escola responsável pelo treinamento que terminou com nove mortos na gruta Duas Bocas, em Altinópolis, na Região Metropolitana de Ribeirão Preto, a quatro anos de prisão por homicídio culposo — quando não há intenção de matar.  
As informações são da EPTV Ribeirão e foram postadas no site g1. Além da pena, Abreu Neto também foi condenado a pagar R$ 50 mil aos familiares de cada uma das vítimas por danos morais, totalizando R$ 450 mil. Ele vai responder em liberdade. 
Ao g1, o advogado de defesa do empresário, Wesley Felipe Martins dos Santos Rodrigues, informou que respeita a decisão, mas vai recorrer por não concordar com a sentença. “Não foi a Real Life quem ministrou o curso, e sim a pessoa física do Celso Galina, o qual era extremamente qualificado para tanto”, diz.  
Ainda assim, o acidente se deu por causas naturais, visto que a gruta era aberta ao público”. A denúncia foi apresentada pelo promotor Ivan Cintra Borges. A Real Life era a empresa responsável pelo treinamento dos bombeiros civis que morreram durante o desmoronamento na Gruta Duas Bocas, em Altinópolis, em 31 de outubro de 2021.  
Abreu Neto comentou que as vistorias para a incursão na gruta foram feitas por parte de um instrutor (uma das vítimas do desmoronamento) que era parceiro da empresa. Além do proprietário da escola de treinamento, onze sobreviventes e testemunhas prestaram depoimento em novembro de 2021. 
Todos foram ouvidos pelo delegado Rodrigo Salvino Patto. Eles reafirmaram que o céu estava azul no sábado (30), mas que por volta das 22h30 caiu uma forte chuva. No total, 28 bombeiros civis estavam no local e dez foram soterrados. Apenas Antônio Marcos Caldas Teixeira foi resgatado com vida. 
A empresa Real Life abriu sindicância interna para apurar eventuais erros, segundo disse o próprio Abreu Neto em seu depoimento à Polícia Civil. Na época, por meio de nota, a prefeitura de Altinópolis ressaltou que não tinha conhecimento da realização do treinamento, já que o mesmo ocorria em uma propriedade particular.  
Laudo – O laudo da perícia técnica da Polícia Civil apontou que não foram encontrados elementos provocados por ação humana que resultassem no desmoronamento da gruta. Durante a ação dos peritos no local do desmoronamento, foi constatada a presença de manchas de umidade, causadas possivelmente pela forte chuva que ocorreu no dia do acidente, assim como na semana anterior à fatalidade.  
No dia 10 de novembro, a prefeitura de Altinópolis recebeu o laudo técnico elaborado por técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) da Gruta Duas Bocas. Segundo o documento, a geologia do local, com vários planos de descontinuida
des no teto, composto por arenito e de fácil absorção, assim como a geometria irregular da superfície, favorecem a queda de blocos por
desplacamento
 
Morreram Celso Galina Júnior, instrutor responsável pelo curso, Jenifer Caroline da Silva, José Cândido Messias da Silva, Elaine Cristina de Carvalho, Rodrigo Triffoni Calegari, Jonatas Ítalo Lopes, Débora Silva Ferreira, Ana Carla Costa Rodrigues de Barros e Natan de Souza Martins. 


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