A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) registrou faturamento recorde no ano passado e fechou 2022 com um total de R$ 1,214 bilhão em receitas. O superávit foi de R$ 143 milhões, o dobro do registrado no ano anterior (R$ 68,92 milhões). Cerca de metade do montante total veio com patrocínios: R$ 567 milhões.
Os números foram apresentados nesta terça-feira, 25 de abril, durante Assembleia Geral realizada na sede da CBF, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Além dos patrocínios, a entidade conseguiu registrar números consideráveis graças a revisões, readequações e encerramentos de contratos que estavam em vigor.
“A CBF fez um trabalho de austeridade, não só no que diz respeito à evolução das receitas, com a valorização do seus ativos – a Copa do Brasil tinha direitos de publicidade que foram de R$ 13 milhões para R$ 150 milhões –, mas também com um trabalho de austeridade em que pudesse conter custos desnecessários e, principalmente, custos no que diz respeito a compras”, considera o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues.
“Com os mesmos produtos que eram comprados anteriormente, conseguimos uma redução de custos de mais de R$ 20 milhões”, emenda. Apesar do montante elevado, o balanço ainda não inclui outros recursos já garantidos pela CBF, como a premiação dada pela Fifa pelo fato de a seleção ter chegado às quartas de final da Copa do Mundo do Catar, com valor estimado em US$ 17 milhões (cerca de R$ 86,2 milhões na cotação atual).
Também não considera a venda de duas aeronaves – um avião e um helicóptero, cujo valor somado é de US$ 11 milhões (R$ 55,8 milhões). Esses valores entrarão nos cofres da entidade ao longo deste ano e, por isso, irão constar apenas no balanço do próximo ano. Do total arrecadado, mais da metade (R$ 702 milhões) foi investida nas diferentes seleções e nas quatro divisões do futebol brasileiro.
Técnico
Sonho de consumo do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o técnico Carlo Ancelotti segue sendo o favorito para assumir o comando da seleção brasileira. Mas, aos poucos, o cartola começa a avaliar a possibilidade de ter de recorrer a um plano B. Com o sim ou o não do italiano que atualmente dirige o Real Madrid, o dirigente espera definir o substituto de Tite até o fim do próximo mês.
Até o momento, a CBF não fez nenhum convite formal a Ancelotti, que está concentrado em levar o Real a mais uma final da Liga dos Campeões – o time enfrentará o Manchester City. O clube ainda tem pela frente a decisão da Copa do Rei da Espanha e, matematicamente, ainda briga pela liga.
“Estamos dentro daquela situação, que é realmente avançar. Nós vamos procurar e, dentro deste mês de maio, acredito que até antes da convocação da seleção – que deverá acontecer no dia 25 de maio -, a gente já tenha uma posição mais clara em relação a treinador da seleção brasileira”, disse Ednaldo nesta terça-feira.
A final da Liga dos Campeões está marcada para 10 de junho, e não está totalmente descartado que, caso o Real avance à decisão, a CBF aguarde mais algumas semanas para anunciar o seu técnico. Mas, para isso, a entidade espera receber pelo menos alguma sinalização positiva de Ancelotti. Caso contrário, poderá partir mesmo para avaliar outros nomes.
“Tenho sempre um plano B, mas não é a escolha do presidente. A partir do momento que a gente tem um compromisso com toda a sociedade brasileira, a gente tem que ouvir também os clamores tanto de vocês da imprensa, quanto da sociedade. Isso também nos norteia. Portanto, esse plano B eu só quero colocar em prática a partir do momento que o plano A não dê certo”, sustenta Rodrigues.