De 1º de janeiro a 31 de março foram denunciados 54 casos, contra 26 do mesmo período de 2022, alta de 107,7%: as 19 ocorrências de março representam a segunda maior marca da história na cidade
Segundo as estatísticas criminais divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP/SP) nesta terça-feira, 25 de abril, as ocorrências envolvendo denúncias de estupro dispararam em Ribeirão Preto em março e no primeiro trimestre deste ano.
De 1º de janeiro a 31 de março foram denunciados 54 casos, contra 26 do mesmo período de 2022. São 28 a mais e alta de 107,7%. Na comparação entre fevereiro e março, houve aumento de 72,7%, de onze para 19, oito a mais.
Os 24 casos de janeiro representam o maior número desde que a pesquisa passou a ser divulgada, em 2001. Até então, a quantidade mais elevada de ocorrências havia sido registrada em agosto de 2021, com 19 casos, marca agora igualada em março.
Dos 54 ataques consumados este ano, em Ribeirão Preto, 38 envolvem crianças ou adolescentes, que estão nos grupo dos “vulneráveis”. São 70,4% do total. A média é de um crime a cada 40 horas. No ano passado foram registrados 121 casos. Na comparação com os 132 de 2021, são onze a menos e recuo de 8,3%.
A média em 2022 é de aproximadamente um caso a cada 72 horas. Dos 121 estupros do ano passado, em 74 as vítimas eram crianças ou adolescentes, 61,2%. Ao contrário dos crimes contra o patrimônio, este tipo de atentado só pode ser evitado se a vítima denunciar. Em 2021 houve aumento de 135,7%.
Foram 132 casos contra 56 de 2020, ou seja, 76 a mais. A média ficou em um a cada três dias. Oitenta e oito crianças ou adolescentes foram vítimas deste tipo de crime no ano passado, 66,7% do total. Em 2020, em 44 das denúncias as vítimas eram vulneráveis (78,6%).
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo diz que os casos de estupro podem ser denunciados na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e que este tipo de crime está relacionado à implantação de políticas públicas por parte dos municípios e do estado.
Homicídios – Ribeirão Preto registrou onze homicídios no primeiro trimestre do ano passado, contra dez deste ano, um a menos e queda de 9,09%. Na comparação entre fevereiro e março, ficiu estável: quatro casos em cada período. Houve um latrocínio em três meses de 2022, contra dois deste ano, alta de 100% e um a mais. Ou seja, já são doze mortes violentas em 2023.
No balanço anual, caiu 7,1%, de 56 em 2021 para 52 no ano passado, quatro a menos. A média em 2022 é de um caso a cada sete dias e meio. A cidade teve 56 homicídios em 2021, contra 49 de 2020, sete a mais e alta de 14,3%. Significa uma morte a cada seis dias em 2021. A taxa de casos por 100 mil habitantes no ano passado foi de 6,95%, após subir de 6,62 em 2020 para 7,69 em 2021, a maior desde 2016, de 7,79.
Em fevereiro e dezembro do ano passado houve latrocínios – roubo seguido de morte. Em 2021, foram registrados casos em julho e dezembro, mas no ano anterior foram quatro. No balanço anual a queda foi de 50%. Somando as duas modalidades – homicídios e latrocínios –, Ribeirão Preto terminou 2021 com 58 assassinatos, cerca de um a cada seis dias. Em 2022 foram 54. Não houve esse tipo de crime em janeiro de 2023.
Foto Box: Marcelo Camargo/Ag.Br.
Ribeirão Preto registrou 35 casos de estupro no primeiro bimestre deste ano, contra 21 do mesmo período de 2022: são 14 a mais e alta de 66,7%
Criminalidade sobe em março
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP/SP) divulgou o balanço mensal das “Estatísticas da Criminalidade”. Apenas os casos de furto recuaram. As ocorrências roubo em geral – quando a vítima sofre ameaça (entram na estatística os de carga e a bancos) – e de furtos e roubos de veículos avançaram em Ribeirão Preto. No primeiro trimestre deste ano, apenas os furtos cresceram.
Furtos em geral – Os casos de furtos em geral cresceram 6,57% no primeiro trimestre deste ano, de 2.143 em 2022 para 2.284, média de 25 por dia e 141 a mais. Na comparação entre fevereiro e março, baixou de 803 para 752, queda de 6,35% e 51 ocorrências a menos.
Os casos de furtos em geral somaram 8.940 no ano passado, alta de 18,3% em relação aos 7.558 do período anterior, 1.382 a mais. A taxa disparou de 1.097,12 em 2021 para 1.219,03 por 100 mil habitantes no ano passado. Era de 889,44 em 2020 e de 1.287,94 em 2019, segundo a SSP-SP.
Roubos – As ocorrências de roubo recuaram 0,45% nos três primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2022, de 661 para 658, três casos a menos. A média diária de assaltos está em sete. Houve aumento de 26,3% em março em relação a fevereiro, de 213 para 269. São 56 a mais.
As ocorrências de roubo avançaram de 2.536 em 2021 para 2.546 no ano passado, alta de apenas 0,4% e dez a mais. A taxa passou de 276,80 em 2020 para 368,13 por 100 mil habitantes em 2021. A Secretaria de Segurança Pública e as Polícias Civil e Militar pedem à população que registre boletim de ocorrência.
Veículos – Os furtos de veículos recuaram de 488 no primeiro trimestre de 2022 para 329 no mesmo período deste ano, 159 a menos e queda de 32,6%. A média é de três casos por dia. Avançou 22,7% na passagem de fevereiro para março, de 97 para 119. São 226 a mais.
Os furtos de veículos somaram 1.731 no ano passado, contra 1.717 de 2021, alta de apenas 0,8% e 14 ocorrências a mais. Os roubos de veículos caíram 9,4% no primeiro trimestre deste ano, de 117 para 106. São onze a menos. A média é de um por dia. Na passagem de fevereiro para março, porém, houve alta de 38,2%, de 34 para 47. São 13 a mais.
Os roubos de veículos caíram 1% em 365 dias do ano passado na comparação com 2021, de 398 para 402, quatro a mais, segundo a Secretaria de Segurança Pública. A taxa de furto e roubo de veículos por 100 mil habitantes fechou 2022 em 290,85, ante 307,01 em 2021.
Já os casos por 100 mil veículos foram de 373,76 no ano passado, contra 378,26 no período anterior. A taxa de furto por 100 mil veículos fechou 2022 em 303,32, contra 307,08 em 2021. A taxa de roubo por 100 mil veículos encerrou o ano passado em 70,44%, ante 71,18 no período anterior.
Recuperação de veículos – O índice de recuperação de veículos pelas Polícias Civil e Militar recuou de 224 no primeiro trimestre de 2022 para 187 neste ano, 37 a menos e queda de 16,5%. Na comparação entre fevereiro e março, caiu de 61 para 42. São 19 a menos e recuo de 31,1%. A média diária é de dois por dia. O total de 768 no ano passado é 23,1% superior aos 624 do mesmo período de 2021. São 144 a mais.