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Brasil e Portugal fecham acordos

O Brasil e Portugal assina­ram nesta segunda-feira, dia 24 de abril, por meio da Agên­cia Brasileira de Promoção de Exportações do Brasil (Apex­-Brasil) e pela Agência para o Investimento e Comércio Ex­terno de Portugal (Aicep), um acordo que contempla temas como cooperação econômica nos mercados dos países da Co­munidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), desenvol­vimento e internacionalização de startups e promoção de pe­quenas e médias empresas.

De acordo com o governo brasileiro, o acordo visa a pro­mover a cooperação com base nos princípios do benefício, além da igualdade e do respei­to mútuo de soberania plena, de acordo com leis e regula­mentos vigentes. O memoran­do cita três frentes prioritárias de cooperação.

Uma delas são ações para promoção do desenvolvimen­to e internacionalização de startups, cujos projetos de em­preendedorismo com elevado potencial de crescimento e base tecnológica, identificados em ambos os países, possam ser apoiados por programas e fun­dos de investimentos.

“Esta colaboração mútua e os incentivos criados pelos respectivos países permitirão às empresas portuguesas de­senvolver os seus negócios no Brasil, assim como habilitar empresas brasileiras a desen­volver ações em Portugal e no mercado europeu”.

Outras ações são para in­crementar a cooperação eco­nômica e comercial por meio da coordenação institucional, de interagências, nos merca­dos dos países da Comunida­de de Países de Língua Portu­guesa, por via de partilha de informações, boas práticas, ações de capacitação e forma­ção e criação de medidas que aumentem a competitividade e a segurança econômica para empresas e empresários de ambos os países.

Por fim, ações para pro­moção e desenvolvimento de negócios entre pequenas e médias empresas de ambos os países, “pois representam um significativo número de postos de trabalho”. Entre essas ações previstas estão a troca de in­formações sobre os mercados português e brasileiro; a reali­zação de webinars, palestras e seminários sobre as oportuni­dades no mercado português e europeu; eventos presenciais ou virtuais de capacitação e promoção comercial; e a reali­zação de rodadas de negócios presenciais ou virtuais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repetiu a uma pla­teia de empresários brasileiros e portugueses, em Portugal, que o “Brasil tem um problema que é a taxa de juros muito alta”. O presidente disse que esse nível de juros – Selic em 13,75% ao ano – desestimula investimen­tos e impede o consumo. Em seguida, Lula defendeu um ci­clo de estímulo à economia que passe pelo consumo das classes menos favorecidas.

No raciocínio do presiden­te, com juros baixos e aumento de consumo, o ciclo virtuoso da economia será restabeleci­do. “A solução do Brasil é co­locar o pobre para comprar. Já fizemos isso uma vez e vamos fazer de novo”, disse. Durante toda a sua fala no Fórum Em­presarial, que acontece em Ma­tosinhos, ao Norte de Portugal, Lula frisou que quer parcerias com os empresários brasileiros e estrangeiros para promover o crescimento e o desenvolvi­mento do Brasil.

Nesse sentido, voltou a avi­sar que não venderá empresas públicas. “O que queremos é parcerias. Vendemos empresas públicas para pagar juros e os serviços não melhoraram”, afir­mou. Em seguida, o presidente criticou a privatização da Ele­trobras: “foi vendida e a primei­ra coisa que fez foi aumentar os salários da diretoria”.

O presidente garantiu aos empresários que irá promover a estabilidade política, social e jurídica, criando um ambien­te para atrair investimentos. “Já fomos a sexta economia do mundo e retrocedemos para a 12ª. Vamos retomar pois o Bra­sil está pronto para ser grande, importante e atraente”, disse, acrescentando que passou os três primeiros meses de seu ter­ceiro mandato restabelecendo políticas sociais e de ensino.

Afirma que tinham sido “destruídas nos últimos quatro anos”. “Em três meses, prepara­mos o Brasil para um salto de qualidade. Voltamos a gover­nar para fazer o Brasil retomar a importância. Não podemos ficar trancados a quatro chaves e vamos fazer o Brasil retomar sua importância.”

Lula citou diversas áreas e setores em que o Brasil apre­senta destaque e excelência e destacou o segmento de ener­gia renovável, onde Portugal está bastante presente. “O Bra­sil tem 80% de energia limpa”, disse, lembrando também que este ano serão feitos R$ 23 bi­lhões de investimentos em in­fraestrutura.

A Embraer assinou, nesta segunda-feira (24), em Lisboa, um memorando de entendi­mento com diversas empresas aeroespaciais portuguesas para o desenvolvimento da Base Tecnológica e Industrial de De­fesa de Portugal e fabricação da aeronave Super Tucano, desti­nada a combate aéreo. Um con­trato entre a Embraer e o gover­no português prevê a entrega de cinco aeronaves KC-390 à For­ça Aérea Portuguesa. Uma por ano, a partir de 2023, pelo valor de 872 milhões de euros.

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