Tribuna Ribeirão
Turismo

Turismo nacional fatura R$ 19,4 bi

Impactado pelos grupos de transporte aéreo e alojamento e alimentação, o turismo nacio­nal registrou faturamento de R$ 19,4 bilhões em janeiro de 2023. O valor representa crescimento de 19,8% quando comparado ao mesmo período do ano passado. O resultado é o melhor para o mês em oito anos.

Todos os seis grupos de ati­vidades analisados pelo levan­tamento mensal do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontaram crescimento no mês.

Para a federação, o resulta­do do período deve ser come­morado por vários aspectos. Além de ser o melhor início de ano desde 2015, o crescimento foi registrado sobre uma base forte – de 22,8% de janeiro do ano passado. Em janeiro de 2023, o setor de transporte aéreo apontou o maior fatura­mento da história: R$ 7,03 bi­lhões, alta anual de 29,5%.

Com este desempenho, o segmento responde por 36% do faturamento do turismo geral. O crescimento expressivo no número de passageiros pagantes que viajam pelo Brasil contribui para o cenário. Outro ponto re­levante, e não exatamente favo­rável, é o encarecimento médio de 50% das passagens aéreas, situação que evidencia que o consumidor está pagando mais para viajar, e não necessaria­mente viajando mais.

De acordo com a Fecomer­cioSP, outra variação importante em janeiro foi a do grupo de alo­jamento e alimentação, com ele­vação de 18,4% no contraponto anual. O faturamento registrado foi de R$ 5,69 bilhões, o melhor para o período desde 2020. No caso dos meios de hospedagem, a situação foi similar a do trans­porte aéreo: há uma recupera­ção sólida da taxa de ocupação e, ao mesmo tempo, um avanço na tarifa média.

O segmento do transporte terrestre também foi impactado, de forma positiva, pelo período da alta temporada. Com fatura­mento de R$ 2,7 bilhões no pri­meiro mês do ano, o crescimen­to foi de 13% em comparação ao mesmo período de 2022, cená­rio previsto anteriormente pela FecomercioSP, diante da natural recuperação pós-pandemia e do efeito de substituição do trans­porte aéreo, que ficou mais caro.

O setor de locação de veí­culos, agências e operadoras de turismo cresceu 9,8%, faturando R$ 2,64 bilhões. Isso aconteceu porque o início do ano é mar­cado por alta demanda das em­presas que alugam veículos, e o preço acompanha a dinâmica.

As atividades culturais, re­creativas e esportivas registram crescimento de 14,6% e fatura­ram R$ 1,34 bilhão. E, por fim, o transporte aquaviário, apre­sentou variação anual de 13,4%. No entanto, o faturamento de R$ 47,2 milhões é o menor para o levantamento, o que gera um efeito praticamente nulo para o desempenho geral.

De acordo com a federação, o cenário do turismo nacional é resultado da reabertura com­pleta da economia, da melhora gradual da renda familiar e da retomada dos investimentos no setor (que ampliou a oferta), entre outros aspectos. Contudo, apesar do resultado positivo, é preciso entender que parte do aumento da receita é provenien­te da elevação do custo para em­presários e consumidores.

Portanto, frente a um cená­rio de inflação dos serviços de turismo tendendo a arrefecer neste ano, é possível que haja a redução do gasto médio por via­gem. Por outro lado, a projeção é de aumento no volume, o que será muito benéfico não só para os turistas, mas também para a economia em geral.

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