Perspectiva sombria
Comemorar os 100% do Botafogo, enaltecer Adilson Batista e projetar o acesso à Série A é coisa de quem só enxerga números ou tem “interesse”. O mais importante é um olhar sobre o comportamento do time. Nas duas vitórias (2 a 1 no Juventude e 1 a 0 no Sampaio Corrêa) pela Série B, o Botafogo mostrou os mesmos defeitos da Série C e do Paulistão. Não tem saída de bola com qualidade, não cria no meio de campo e não ataca bem. Mantida a base do ano passado é certo que não evoluirá. A perspectiva é sombria porque jogar mal e vencer não dura para sempre. A Série B é longa, 80% dos times são mais fortes que Sampaio Corrêa e Juventude e muitos são fortes candidatos ao acesso.
Calote no ECAD…
O Sampaio Corrêa é ruim e mesmo assim teve liberdade em Santa Cruz, só não empatou por tropeçar nos seus próprios defeitos. O Botafogo chutou apenas três vezes ao gol no 1º tempo, finalizações de péssima qualidade, dois chutes foram de Gustavo Xuxa, substituído no intervalo, que continua sendo quem mais chuta. O gol foi de pênalti “arranjado” pelo VAR, seguindo a nova e absurda orientação da bola no braço. Enquanto em campo o time joga mal e vence, fora de campo a diretoria tenta jogar bem e perde. Toma bola nas costas toda hora da S/A. Agora é acionado na Justiça porque a empresa para quem a S/A terceirizou a Arena para os shows não paga o ECAD.
Em família…
Na coluna do dia 19 falei do neto Breno na Liga Santista de Basquete e comentei que meus dois filhos desistiram do sonho do futebol e exercem outras profissões. Deveria ter incluído as filhas, que também tentaram. A Gheisa treinou vôlei na Cava do Bosque com Álvaro Tonzar e disputou handebol, orientada por Batalhão ex-lateral do Comercial, mas é nutricionista. A Máira treinou vôlei depois foi para o teatro, brilhou nos palcos goianos e atualmente é “Doula” em São José do Rio Preto. Pronto, falei de todos, sem pressão. A referência não é promoção familiar nem revela frustração, é reflexão: o esporte faz amigos e realiza os sonhos mais sublimes de quem pratica ou assiste, mas muitas vezes é fora dele que está nossa missão de servir à sociedade.