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Favela russa
No ano de 1981 recebemos um convite para visitar a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Estava agendado para conhecermos Moscou, a capital, e Leningrado, hoje São Pe­tesburgo. Depois de malabarismos diplomáticos em decorrên­cia de problemas políticos conseguimos o visto, a autorização não era colocada no passaporte, mas em um visto à parte que demorou muito para chegar a Munique onde estávamos em um curso. Embarcamos com o avião funcionando no meio da pista da Bavária e levando as malas “no lombo”.

Moscou
Ao desembarcarmos no aeroporto antigo de Moscou a recep­cionista perguntava quem era o jornalista que acompanhava o grupo. Assim que soube que éramos o profissional ela adian­tou que tínhamos a liberdade de perguntar o que desejás­semos e também verificarmos todas as instalações daquele país. Não era bem assim. O povo russo é muito simpático e receptivo e os que conseguiam se expressar perguntavam de Pelé. No hotel Intourist assistimos um espetáculo com os le­nhadores e suas canções e também sobre os soldados russos cossacos. Russo não podia assistir, só para visitantes.

Dachas
Ao visitarmos a Universidade Patrice Lumumba a intérprete disse que sua família e mais duas outras viviam em um apar­tamento de 27 metros quadrados. Seguimos na visita e fomos à Hollywood Moscovita, onde eram feitas as filmagens de es­petáculos e mesmo as colocações e observações do Poder. Na sequência fomos às Dachas do alto comando do regime e ela explicou que era necessário que tais construções ficassem com os governantes para que os mesmos pudessem receber as visitas de todos os países. Foi aí que entramos e dissemos que as desculpas eram as mesmas tanto em um regime como em outro e que eu já havia ouvido tal justificativa. A intérprete bateu com força os pés no chão, insistentemente e repetia: “Aqui não temos favelas como você no Brasil”. Eu repliquei: “as nossas são horizontais e as de vocês verticais”. Acabou a cortesia. A partir de então não houve mais explicações.

País maravilhoso
O país e seu povo são maravilhosos. A Praça Vermelha é algo de espetacular com o Kremlin e seus museus e igrejas é algo para se sentar na calçada e admirar. A troca da guarda do tú­mulo de Lenin também é ato que se deve filmar. Em São Petes­burgo, o museu Hermitage é um acervo de obras de Ekaterina. Há muito que se ver. Se o turista demorar dois minutos em cada obra do Hermitage vai demorar mais de 5 anos para sair do museu. Vale a pena conhecer quem puder.

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