Balanço divulgado nesta quinta-feira, 20 de abril, pelo Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP) mostra estabilidade no total de mortes registradas em Ribeirão Preto no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022. Em março, porém, houve queda.
São 23 mortes nas ruas, avenidas, alamedas, viadutos e rodovias que cortam o município no primeiro trimestre de 2023 e do ano passado, média de aproximadamente um caso fatal a cada quatro dias (94 horas). Em março, a cidade registrou sete óbitos, três a menos que os dez de fevereiro, queda de 30%.
Em relação ao mesmo mês do ano passado, quando oito pessoas morreram nas vias da cidade, o recuo é de 12,5%, um caso a menos. O Infosiga também revisou os dados de janeiro de 2023 e o número de óbitos caiu de sete para seis. No primeiro trimestre de 2022, foram nove mortes no primeiro mês e seis no segundo.
Perfil
Neste ano, no primeiro trimestre, cinco vítimas estavam de carro (21,74%), onze de motocicleta (47,83%), duas de caminhão (8,69%), três eram pedestres (13,04%), uma era ciclista (4,35%) e uma não foi identificada (4,35%). Treze chegaram a ser socorridas para hospitais e unidades de saúde (56,52%), nove morreram no local do acidente (39,13%) e uma não tem identificação de local (4,35%).
Vinte vítimas são homens (86,96%) e três são mulheres (13,04%). Dezenove eram motoristas (82,61%), três eram pedestres (13,04%) e um era passageiro (4,35%). Onze mortes ocorreram em acidentes nas rodovias dentro do perímetro urbano (47,83%). Outras dez foram registradas em vias municipais (43,48%) e duas ainda não têm identificação de local (8,69%).
Sem vítimas
A cidade também registrou 426 casos sem vítimas fatais em março, ante 330 de fevereiro, 96 a mais e alta de 29,1%. Em relação ao mesmo mês de 2022, quando houve 323 sinistros, o aumento é de 31,9%. São 103 a mais. Neste ano também foram registrados 310 de janeiro.
No primeiro trimestre de 2023 são 1.066, contra 904 do mesmo período do ano passado, alta de 17,92%. São 162 a mais – foram 279 em janeiro e 302 em fevereiro de 2022. Ribeirão Preto registrou 4.283 acidentes sem vítimas fatais no ano passado, doze por dia, um a cada duas horas.
Dentre as ocorrências em que foi possível apurar o tipo de sinistro estão 2.225 colisões, 320 choques, 163 atropelamentos e 507 casos em outras situações. Agosto foi o mês com maior quantidade: 419. De acordo com o Infosiga, 3.786 acidentes foram registrados em vias municipais (88,4%), outros 464 em rodovias (10,83%) e 33 não têm local definido (0,77%).
Mortes em 2022
O número de mortes em decorrência de acidentes de trânsito no ano passado, em Ribeirão Preto, é 21,68% superior ao total de 2021. A cidade registrou 101 óbitos, contra 83 de 2021. São 18 casos a mais. O município superou a barreira de 100 vítimas fatais em 365 dias pela primeira vez.
Isso nunca havia acontecido desde o lançamento da plataforma, entre 2015 e 2016. Até então, o pico havia sido registrado em 2017, com 88 mortes, e o menor índice em 2019, de 71 óbitos. Os três meses com mais ocorrências foram agosto (15), abril (14) e setembro (doze). Dezembro teve o menor volume: duas.
Motos
Entre 1º de janeiro e 31 de dezembro, 44 motociclistas morreram na cidade (43,56%). A lista traz ainda 25 pedestres (24,75%), 14 pessoas que estavam de carro (13,86%), 13 ciclistas (12,88%) e um caminhoneiro (0,99%), além de quatro outros tipos ou não identificados (3,96%). Cinquenta e duas chegaram a ser socorridas (51,49%), 46 morreram no local do acidente (45,54%), não consta informação sobre um caso (0,99%) e duas morreram em outros locais (1,98%).
As vítimas são 86 homens (85,15%) e 15 mulheres (14,85%). Vinte e nove casos ocorreram em rodovias dentro do perímetro urbano (28,71%), mais 57 em vias municipais (56,44%) e 15 casos ainda não têm identificação de local (14,85%). De acordo com o balanço anual, ocorreram 83 óbitos em Ribeirão Preto em 2021, contra 72 do período anterior, avanço de 15,3%, onze a mais.
O número de vítimas fatais em decorrência de acidentes de trânsito ficou estável em Ribeirão Preto em 2020, em comparação com 2019. Foram 72 óbitos contra 71 no perímetro urbano da cidade – a malha viária é composta por mais de 1,5 mil quilômetros de vias municipais e também de rodovias concedidas pelo Estado –, um a mais em 2020 e alta de 1,4%.