Tribuna Ribeirão
Economia

Preço do gás natural vai cair 8,1% em maio

A Petrobras informou nes­ta segunda-feira, 17 de abril, que o preço do gás natural terá redução média de 8,1% a partir de maio. Os contratos da esta­tal com as distribuidoras de gás preveem atualizações tri­mestrais desses preços e vincu­lam esta variação às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio. Durante o trimestre de fevereiro a abril, o petróleo teve queda de cerca de 8,7% e o real teve apreciação de apro­ximadamente 1,1% em relação ao dólar.

Além disso, a parcela do preço relacionada ao transpor­te do gás é atualizada anual­mente no mês de maio, vincu­lada à variação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), e sofrerá atualização de apro­ximadamente 0,2%. Com essa atualização, o preço do gás na­tural vendido pela Petrobras para as distribuidoras acumu­lará redução de aproximada­mente 19% no ano.

A Petrobras ressalta, em comunicado, que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da com­panhia, mas também pelo por­tfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV – Gás Natural Veicular, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais.

Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pe­las agências reguladoras estadu­ais, conforme legislação e regu­lação específicas. A companhia reforça ainda que a atualização anunciada para 1º de maio não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em boti­jões ou vendido a granel.

O vice-presidente Geraldo Alckmin disse ontem que será criado um grupo de trabalho envolvendo o governo e o se­tor empresarial para buscar formas de melhorar a oferta de gás natural. Segundo ele, a su­gestão para a criação do grupo foi do presidente da Federação da Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes.

“Destacar a boa sugestão dele de criarmos um grupo de trabalho formado pelos ministérios de Minas e Ener­gia, Casa Civil, Indústria e Comércio, Fazenda, Fiesp, Petrobras e produtores in­dependentes [de gás]”, disse em entrevista coletiva em um evento na própria Fiesp.

O vice-presidente desta­cou que o gás é essencial para diversos setores industriais brasileiros. “Para a gente po­der trabalhar no sentido de como ter melhor oferta, mais gás natural, que é um insumo fundamental para a indústria – indústria química, fertili­zantes, cerâmica, até para o comércio”, enumerou.

Alckmin disse ainda que, apesar de parte do gás extraído ter que ser reinjetada nas reser­vas por questões operacionais, como para retirar o petróleo das reservas subterrâneas, uma parte está sendo perdida por falta de infraestrutura que per­mita o aproveitamento. “Uma parte do gás que está sendo reinjetado é falta de infraestru­tura, é falta do gasoduto para trazê-lo para a terra”, disse.

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