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O ódio e suas consequências

Nada é por acaso. A chamada elite brasileira, que de elite não tem nada, sempre promoveu a desigualdade e a segregação social, pois na visão dessa aristocracia o regime escravocrata foi mais eficiente e lucrativo, e para manter tudo como sempre foi usam a ferramenta eficiente do ódio para conseguir seus intentos. Lutaram com todas as armas para que a Constituição cidadã não fosse promulgada, pois para eles era muito avan­çada para o Brasil, e desde então procuram corroer os avanços sociais da nossa Carta Magna. Como maus combatentes, não sabem perder, e usam das artimanhas e delinquências contu­mazes para conseguir seus intentos. Na esteira do fundamen­talismo religioso estão fomentando um saudosismo perigoso, que induz parte da população brasileira a sonhar com um passado onde o ódio era a principal arma usada pelas religiões, para assassinar seus oponentes em nome de “Deus”. Tempos terríveis que essa gente terrivelmente cristã está querendo tra­zer de volta para os dias atuais.

O ódio em nosso País estava aprisionado no sofisma de uma sociedade que se mostrava para o mundo, como uma sociedade tolerante e benevolente, no entanto a política de ódio e delinquência do ex-capitão libertou das profundezas infer­nais todo o mal reprimido, e daí em diante um clima hostil e horrendo carregado de ódio começou a tomar conta do nosso cotidiano. A liberação sem controle das armas de fogo, am­pliando exponencialmente dos clubes de tiros, permitindo que essa gente ande armada no seio da sociedade criando um clima de insegurança que chegou nas escolas de educação básica, e o clima de terror foi estabelecido.

O uso criminoso que a extrema direita faz das redes sociais, com a disseminação de desinformação e notícias mentirosas está impedindo que a luz do sol chegue com toda a intensida­de, e com isso a escuridão vai tomando conta, e nesta penum­bra os crimes da chamada elite vão se proliferando. Há um ditado comum nos meios políticos que reproduz bem o mo­mento atual: “criar dificuldades, para vender facilidades”, e esta máxima entra com força total para mascarar as soluções que vão combater as violências que estão acontecendo no ambiente escolar. A solução encontrada é colocar segurança privada nas escolas, e aí está o pulo do gato, pois os donos destas empresas fazem parte das polícias militares e das forças armadas – sim­ples coincidência. Há uma máxima no sistema capitalista que diz: “toda crise é uma oportunidade de negócios”, e essa opor­tunidade de negócio vai sangrar o erário em nome da seguran­ça nas escolas básicas públicas.

O topo da pirâmide brasileira tem a tendência para ser lambe­-botas do país poderoso da vez, com a ascensão do Tio Sam, essa gente bem nascida se ajoelhou aos pés do Império do Norte, e essa subserviência está levando o País para uma encruzilhada. Em me­ados do século passado essa gente fina afirmava de boca cheia que: “o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”, e essa posição está trazendo para o nosso cotidiano o ódio e o armamen­tismo de uma sociedade que mais mata no mundo.

A pedagogia da paz, solidariedade e da empatia, que deveria ser aplicada em todos os ambientes escolares, pois introjeta a cidadania, propositadamente foi deixada de lado, e substituída pela lógica de mercado, que induz o jovem ao individualismo, e com isso a convivência harmônica no cotidiano fica compro­metida, pois o ser humano fica em terceiro ou quarto plano dentro da lógica do mercado. Não há solução para o nosso País que não passe pela educação, “Paulofreiriar” o ambiente escolar da educação básica é a solução!

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