Levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, realizado entre 25 de março e 1º de abril, indica leve oscilação no preço médio do etanol, estabilidade no da gasolina e forte queda no do diesel, em Ribeirão Preto, após alta intensa na semana anterior, dois dias depois da retração anunciada pela Petrobras nas refinarias.
O litro do álcool hidratado está em R$ 3,79 (mínimo de R$ 3,59 e máximo de R$ 3,99), alta de 0,26% em relação aos R$ 3,78 (piso de R$ 3,59 e teto de R$ 3,99) do dia 25, aporte de R$ 0,01. Chegou a custar R$ 5,199 em 13 de novembro de 2021 – o maior valor da história desde que a ANP passou a pesquisar preços no município.
O preço do litro da gasolina está abaixo de R$ 5,50 na maioria dos mais de 200 postos da cidade. Na semana passada, custava, em média, R$ 5,48 (mínimo de R$ 4,97 e máximo de R$ 5,89), mesmo valor do dia 25 de março. A paridade entre o etanol e a gasolina está em 69,2%, segundo a ANP, abaixo do limite – atingiu 80,5% no final de 2021. Voltou a ser vantajoso abastecer com álcool porque esta relação não supera 70%.
A gasolina aditivada custa R$ 5,63 (mínimo de R$ 5,39 e máximo de R$ 5,99). O litro do óleo diesel S-10 sai por R$ 6,11 (piso de R$ 5,49 e teto de R$ 6,49). Na semana passada, o preço médio do litro do diesel em Ribeirão Preto recuou de R$ 5,96 (mínimo de R$ 5,59 e máximo de R$ 6,99) para R$ 5,83 (piso de R$ 5,49 e teto de R$ 6,39), queda de 2,18% e desconto de R$ 0,13.
No dia 23 de março, a Petrobras reduziu em 4,48% o preço do litro do óleo diesel, nas suas refinarias. O valor para as distribuidoras passou de R$ 4,02 para R$ 3,84 por litro, desconto de R$ 0,18. “Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,45 a cada litro vendido na bomba.”
Média
A média do diesel, segundo a Central de Monitoramento do Núcleo Postos RP, grupo setorial que reúne 85 revendedores, passou a ser de aproximadamente R$ 5,75 por litro nos postos de Ribeirão Preto. O preço do etanol da cidade está abaixo da média nacional, que é de R$ 3,89 para o derivado da cana-de-açúcar (R$ 0,10 a menos, 2,57% inferior). Já a gasolina está no mesmo patamar de R$ 5,48.
O etanol ribeirão-pretano está pouco acima média estadual, de R$ 3,77, apenas R$ 0,02 a mais, 0,53% superior. Porém, a gasolina é mais cara em Ribeirão Preto e custa 3,20% a mais, acréscimo de R$ 0,17 em relação aos R$ 5,31 da média paulista, segundo a ANP.
O preço do litro do diesel vendido em Ribeirão Preto está R$ 0,03 acima da média nacional, de R$ 5,80 (é 0,51% superior) e R$ 0,09 além do valor cobrado na média dos 645 municípios paulistas, de R$ 5,74. O valor cobrado nos postos da cidade é 1,56% maior, segundo os dados da ANP.
Ribeirão Preto
No início de março, o Núcleo Postos de Ribeirão Preto, projetava o preço da gasolina A em R$ 5,50 nas bombas, considerando a mistura de 27% de álcool anidro. Porém, tem posto vendendo o produto por R$ 5,89. O etanol passou a custar, em média, R$ 3,75 por litro. Mas alguns postos bandeirados já vendem o combustível verde por R$ 3,89, com média de R$ 3,79 na cidade.
Diesel
Nos sem-bandeira, as médias são de R$ 3,49 para o etanol e de R$ 5,29 para a gasolina, mas em alguns locais custam R$ 3,59 e R$ 5,39. O litro do óleo diesel – que teve apenas redução e não reoneração, e conta com biodiesel em sua composição – custa em média R$ 5,99 por litro. Nos independentes, a média está entre R$ 5,69 e R$ 5,79.
A Petrobras reduziu o preço dos combustíveis fósseis nas suas refinarias em 1º de março. O preço médio de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras passou de R$ 3,31 para R$ 3,18 por litro, uma redução de R$ 0,13, ou 3,9% a menos.
“Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,32 a cada litro vendido na bomba”, diz a companhia em nota.
Etanol sobe nas usinas paulistas
O preço do álcool combustível voltou a subir nas usinas paulistas pela segunda semana seguida, após três quedas consecutivas. Nesta quinta-feira, 6 de abril, subiu 2,51%, ante alta de 1,88% em 31 de março e quedas de 0,29% no dia 24, de 0,12% no dia 17 e de 2,22% no dia 10. Fechou o ano passado com elevação de 2,69%. Agora, o valor do hidratado está acima de R$ 2,80, mas “encostou” nos R$ 3,90 no final de 2021. Passou de R$ 2,7332 para R$ 2,8017.
O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – disparou 4,34%, ante avanço de 0,78% no dia 31 e recuou 1,41% no dia 24, de 1,67% no dia 17 e de 0,33% no dia 10. Encerrou 2022 com aumento de 1,58%. Fechou a semana acima de R$ 3,20. Passou de R$ 3,0743 para R$ 3,2076. Os dados foram divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
Inflação
Em 2021, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – indexador oficial de preços no país – do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço da gasolina avançou 47,49% no país. O etanol acumulava 62,23% de alta no mesmo período, ante 46,04% do diesel.
No ano passado, os combustíveis registraram queda de 23,87%. A gasolina despencou 25,78%, o álcool recuou 25,42% e o diesel subiu 22,87%. Em fevereiro de 2023, os combustíveis registraram queda de 0,77%, ante alta de 0,68% em janeiro. O etanol caiu 1,19% (subiu 0,72% no mês anterior) e a gasolina avançou 1,24% (contra 0,83%). O diesel recuou 3,71% (havia caído 1,40% em janeiro).