Conta uma fábula, que no tempo em que os animais falavam ocorreu um grande incêndio na floresta. Enquanto todos corriam, um passarinho fazia pequenas viagens e levava em seu bico algumas gotas de água que jogava contra o fogo. Outros animais passaram a ridicularizar o passarinho e lhe perguntavam ironicamente: “Você acha, mesmo, que vai apagar o incêndio com gotas d’água?”. A resposta foi segura e firme: “Não. Mas, estou fazendo minha parte!”.
É uma fábula antiga, e todos a conhecem; mas vale agora a meditação sobre a fábula e a interpretação atual.
O caminho para um mundo melhor passa, obrigatoriamente, pela conscientização de que não existem “salvadores da pátria” e que o trabalho é de todos, um pouco de cada um.
Dentro dessa linha de raciocínio, e sob o aspecto ambiental, vale a pena ler um excelente livro cujo título é “50 pequenas coisas que você pode fazer para salvar a Terra.”; produzido pelo “The Earth group”, “dedicado aos que ainda não nasceram” e publicado pela Editora Best Seller.
Trata-se de um pequeno manual que ensina condutas importantes e ao alcance de todos, coisas do tipo: a caixa de isopor que você usou para gelar sua cerveja no final da semana pode estar, neste instante, se queimada, ajudando a destruir a camada de ozônio.
Segundo a ONU o Brasil joga no lixo, anualmente, 4,5% de tudo o que produz. O Brasil consome 220 megawatts de energia por hora e desperdiça 20% disso. A reciclagem de uma tonelada de garrafas de plástico resulta em 780 quilos de PVC; três litros de solvente podem contaminar 60 milhões de litros de água subterrânea… E por aí vai o livrinho ensinando e orientando. Ele mostra muito bem que cada um pode e deve fazer sua parte, sem se preocupar com quanto representa essa parte. É como disse Edmund Burke: “Ninguém comete erro maior do que não fazer nada, ainda que saiba que cada um só pode fazer um pouco.”