O ano começou mais violento no trânsito de Ribeirão Preto. O total de 17 mortes nas ruas, avenidas, alamedas, viadutos e rodovias que cortam o município no primeiro bimestre é 13,33% superior aos 15 óbitos do mesmo período de 2022, dois a mais. Em fevereiro, ocorreram dez casos fatais na cidade, três a mais que os sete de janeiro, alta de 42,86%.
Também supera em 66,67% os seis falecimentos de fevereiro do ano passado. São quatro a mais. A média de mortes no trânsito ribeirão-pretano em 2023 é de uma a cada 83 horas, pouco mais de três dias. Em janeiro de 2022 foram registrados nove óbitos.
Neste ano, no primeiro bimestre, quatro vítimas estavam de carro (23,54%), sete de motocicleta (41,18%), duas de caminhão (11,76%), duas eram pedestres (11,76%), uma era ciclista (5,88%) e uma não foi identificada (5,88%).
Socorro
Nove chegaram a ser socorridas para hospitais e unidades de saúde (52,94%), sete morreram no local do acidente (41,18%) e uma não tem identificação de local (5,88%). Dezesseis vítimas são homens (94,12%) e uma é mulher (5,88%).
Quinze eram motoristas (88,24%, nenhum passageiro), além de dois pedestres (11,76%). Seis vítimas tinham entre 18 e 24 anos, quatro entre 30 e 39, três entre 40 e 59, três entre 60 e 69 e um tinha mais de 70 anos. Sete mortes ocorreram em acidentes nas rodovias dentro do perímetro urbano (41,18%).
Outras oito foram registradas em vias municipais (47,06%) e duas ainda não têm identificação de local (11,76%). A cidade também registrou 330 casos sem vítimas fatais em fevereiro, ante 310 de janeiro, 20 a mais e alta de 6,45%. Em relação ao mesmo mês de 2022, quando houve 302 sinistros, a alta é de 9,27%. São 28 a mais.
No primeiro bimestre de 2023 são 640, contra 581 do mesmo período do ano passado, alta de 10,15%. São 59 a mais – foram 279 em janeiro de 2022. Os dados foram divulgados neste mês pelo Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP).
O número de mortes em decorrência de acidentes de trânsito no ano passado, em Ribeirão Preto, é 21,68% superior ao total de 2021. A cidade registrou 101 óbitos, contra 83 de 2021. São 18 casos a mais. O município superou a barreira de 100 vítimas fatais em 365 dias pela primeira vez.
Isso nunca havia acontecido desde o lançamento da plataforma, entre 2015 e 2016. Até então, o pico havia sido registrado em 2017, com 88 mortes, e o menor índice em 2019, de 71 óbitos. Os três meses com mais ocorrências foram agosto (15), abril (14) e setembro (doze). Dezembro teve o menor volume: duas.
Motos
Entre 1º de janeiro e 31 de dezembro, 44 motociclistas morreram na cidade (43,56%). A lista traz ainda 25 pedestres (24,75%), 14 pessoas que estavam de carro (13,86%), 13 ciclistas (12,88%) e um caminhoneiro (0,99%), além de quatro outros tipos ou não identificados (3,96%). Cinquenta e duas chegaram a ser socorridas (51,49%), 46 morreram no local do acidente (45,54%), não consta informação sobre um caso (0,99%) e duas morreram em outros locais (1,98%).
As vítimas são 86 homens (85,15%) e 15 mulheres (14,85%). Vinte e nove casos ocorreram em rodovias dentro do perímetro urbano (28,71%), mais 57 em vias municipais (56,44%) e 15 casos ainda não têm identificação de local (14,85%). Quarenta e dois tinham entre 18 e 39 anos, 16 estavam na faixa de 40 a 49 anos, 25 tinham entre 50 e 64 anos, 14 estavam acima de 65 anos, não há informação sobre dois casos e duas vítimas eram menores de 17 anos.
Em 2021
De acordo com o balanço anual, ocorreram 83 óbitos em Ribeirão Preto em 2021, contra 72 do período anterior, avanço de 15,3%, onze a mais. Lembrando que, no primeiro bimestre de 2020, Ribeirão Preto ainda não estava sob os efeitos das medidas restritivas impostas pela pandemia de coronavírus – as regras mais rígidas da quarentena começaram a valer no final de março.
O Infosiga-SP atualizou os dados dos últimos anos e constatou que o número de vítimas fatais em decorrência de acidentes de trânsito ficou estável em Ribeirão Preto em 2020, em comparação com 2019. Foram 72 óbitos contra 71 no perímetro urbano da cidade – a malha viária é composta por mais de 1,5 mil quilômetros de vias municipais e também de rodovias concedidas pelo Estado –, um a mais em 2020 e alta de 1,4%.
Sem vítimas
Ribeirão Preto registrou 4.283 acidentes sem vítimas fatais no ano passado, doze por dia, um a cada duas horas. Dentre as ocorrências em que foi possível apurar o tipo de sinistro estão 2.225 colisões, 320 choques, 163 atropelamentos e 507 casos em outras situações. Agosto foi o mês com maior quantidade: 419. De acordo com o Infosiga, 3.786 acidentes foram registrados em vias municipais (88,4%), outros 464 em rodovias (10,83%) e 33 não têm local definido (0,77%).