A Comissão Especial de Estudos (CEE) da Câmara de Vereadores, criada para acompanhar a instalação de uma unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo na cidade, apresentou o relatório final na sessão ordinária de quinta-feira, 30 de março. Agora, as informações serão remetidas para a prefeitura de Ribeirão Preto.
A comissão é presidida por Alessandro Maraca (MDB) e conta ainda com a colaboração do relator Renato Zucoloto (PP) e Maurício Gasparini (União Brasil). Segundo o Tribuna apurou, a CEE irá propor duas formas para a instalação do Instituto Federal na cidade.
A primeira será imediata, utilizando imóvel já construído que necessite de poucas intervenções. Neste caso, a principal sugestão será a instalação do antigo imóvel do Colégio Metodista, localizado na Florêncio de Abreu nº 714, na região Central, que pode custar R$ 16 milhões aos cofres públicos.
A segunda sugestão, a médio prazo, seria obter a cessão do terreno da antiga Companhia Nacional de Estamparia (Cianê), localizada no bairro Campos Elíseos, para que o instituto possa investir em obras futuramente. Com uma área de 39 mil metros quadrados, o imóvel pertencia às Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo (IRFM), que funcionou de 1945 a 1981.
O local chegou a ser oferecido, durante a gestão da então prefeita Dárcy Vera (PSD, hoje sem partido), para o Instituto Federal e um termo de compromisso foi assinado em novembro de 2013 garantindo que o campus seria instalado nos galpões da antiga fábrica. Porém, não havia verba disponível para investimento, segundo informou o IFSP em 2015.
Celso Charuri
O local preferido da prefeitura e do próprio Instituto Federal são as dependências da Escola Municipal de Ensino Profissional Básico (Emepb) Doutor Celso Charuri, na avenida Luiz Galvão Cezar, Planalto Verde, Zona Oeste, por ter estrutura compatível com a do IFSP e pertencer ao município. A previsão é de que as aulas no futuro campus comecem no segundo semestre de 2024.
O Tribuna apurou que a Celso Charuri é o local preferido para ambas as partes. No caso do governo Duarte Nogueira (PSDB), a utilização do espaço não teria custo adicional para o município, pois é o proprietário do espaço. Já para o Instituto Federal, como a escola tem terreno anexo sem edificação, permitiria futura ampliação do IFSP.
Supera
A comissão também incluiu no relatório um terreno oferecido pelo diretor-presidente do Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto, Sandro Scarpelini. A área fica no bairro Monte Alegre, Zona Oeste da cidade, tem 20 mil m² e foi oferecida durante reunião realizada na quinta-feira, 23 de março, na Câmara.
Desde que foi criada, além dos imóveis a serem sugeridos, a CEE visitou outros locais, como o prédio da antiga Faculdade Bandeirantes (Faban), na rua São Sebastião, e as escolas do Sesi na Vila Recreio e nos Campos Elíseos. Também vistoriaram a Escola Doutor Celso Charuri.
Padilha
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, esteve em Ribeirão Preto em 11 de março para conhecer as instalações da Escola Doutor Celso Charuri, Porém, a vistoria técnica ainda será realizada. “Esta é uma visita preliminar, para conhecer o prédio. A vistoria técnica será realizada pela reitoria do instituto”.
O IFSP é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC). É especializado na oferta de educação profissional e tecnológica. Oferece uma gama de cursos gratuitos: 29 técnicos, 15 de licenciatura e 19 de bacharelado. O reitor da instituição, Silmário Batista dos Santos, ainda deve visitar a Escola Celso Charuri.