Tribuna Ribeirão
Economia

Remédios – Sindusfarma aposta em aumento de 5,6%

AGÊNCIA BRASIL

Os preços dos medicamen­tos no Brasil devem subir até 5,6% a partir de abril, de acordo com projeção do Sindicato da Indústria de Produtos Farma­cêuticos (Sindusfarma). O re­ajuste é calculado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), órgão ligado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

IPCA
O índice de reajuste anual de preços de medicamentos, que ainda será anunciado, se baseia em uma fórmula cujo principal fator é o Índice Na­cional de Preços ao Consumi­dor Amplo (IPCA) acumulado em doze meses até fevereiro de cada ano.

“Esse índice de reajuste re­põe as perdas com a inflação e os aumentos de custos de pro­dução. Segundo o Instituto Bra­sileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulada entre o período de março de 2022 e fevereiro de 2023 é de 5,6%”, afirma o Sindusfarma. O Sindicato do Comércio Varejis­ta de Produtos Farmacêuticos (Sincofarma) aposta em alta de até 6,8%.

A entidade justifica que o último ano foi bastante atípico para a indústria farmacêutica. “Numa frente, os efeitos per­sistentes da pandemia de Sar­s-CoV-2 afetaram a produção e impulsionaram os preços de IFAs (insumos farmacêuticos ativos, cotados em dólar); na outra, a Guerra da Ucrânia manteve os gastos com logística em patamares muito altos”, dis­se em nota.

Por isso, mesmo reajus­tando preços pelo índice au­torizado ou sendo obrigadas a reduzir descontos em alguns produtos, várias indústrias far­macêuticas fecharam o balanço de 2022 com margens reduzi­das, de acordo com a entidade. De 2012 até o ano passado, a inflação geral somou 90,24% ante uma variação nos preços dos medicamentos de 76,79%, segundo o Sindusfarma.

Fórmula
Além do IPCA, a recom­posição anual da tabela de Pre­ços Máximos ao Consumidor (PMC) de medicamentos é calculada por fórmula estabe­lecida pela Cmed que também considera a produtividade da indústria farmacêutica e os custos de produção não capta­dos pelo IPCA, como variação cambial, tarifas de eletricidade e variação de preços de insumos.

Apesar da estimativa do Sindusfarma, a Cmed precisa confirmar o índice e a entra­da em vigor dos novos preços. Conforme a entidade farma­cêutica, o órgão interministerial responsável pela regulação do mercado de remédios no Brasil se reúne na sexta-feira, 31 de março, para definir o reajuste.

Por lei, o reajuste a ser apli­cado nos preços dos medica­mentos disponíveis no mer­cado varejista brasileiro vale a partir de 1º de abril de cada ano. O Sindusfarma esclarece ainda que este reajuste não é automá­tico nem imediato, podendo ser aplicado ou não pelas empresas (indústrias farmacêuticas, far­mácias e distribuidores), de acordo com as estratégias co­merciais adotadas por elas.

No ano passado, o reajuste dos remédios ficou em 10,89%, o segundo maior desde 2005, atrás apenas dos 12,5% de 2016. O menor é de 2018, de 2,84%. A definição da taxa de reajuste consta de resolução da Cmed. Segundo o Sindusfarma, o au­mento dos preços deve atingir cerca de 13 mil apresentações de remédios disponíveis no va­rejo brasileiro.

Idec
Segundo pesquisa divulga­da nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consu­midor (Idec), a diferença entre os preços dos medicamentos pesquisados em relação ao pre­ço teto chega a até 936,39% em valores praticados em compras públicas e a 384,54% nas com­pras realizadas pelos consumi­dores em farmácias.

Segundo a pesquisa, os preços teto estabelecidos pela Cmed podem superar os 300% em relação aos valores pratica­dos nas compras públicas. Em dez dos onze medicamentos pesquisados, a diferença ficou acima dos 100%. Nos medi­camentos de referência, os valores ficaram entre 29,51% e 86,08%. Nos genéricos, a variação ficou entre 384,54% e 91,90%. Já para os simila­res, essa variação ficou entre 28,89% e 32,20%.

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