A volta de Argel
Argel foi o pior técnico do Botafogo nos últimos anos. E olhe que passaram péssimos. Se a lei “Caio Júnior” estivesse em vigor, obrigando o pagamento dos salários do técnico demitido até ele assinar com outro clube, o Botafogo não teria prejuízo com Argel. Ele saiu em setembro e em outubro já estava no Alverca, 3ª divisão de Portugal. Mas como na prática, mesmo sem lei, há acordos entre clubes e técnicos, e no futebol o negócio é muito estranho, o acerto de Argel e de outros demitidos deve ser mais um item investigado pelo Botafogo FC na sua conturbada relação com a Botafogo S/A.
Contador de histórias…
Misteriosamente, desde que foi campeão gaúcho com o Internacional em 2016, Argel fica pouco tempo desempregado, mesmo não conquistando nada na 1ª, 2ª e até na 3ª divisão, aqui ou em Portugal. O período mais longo foi agora, saiu do Alverca em outubro de 2022 e de volta ao Brasil foi contratado pela Chapecoense. Assumiu na segunda-feira (20) e na quinta-feira (23) já foi eliminado na semifinal do Catarinense pelo Barra. No último programa “Resenha”, da ESPN, Argel foi o convidado. Deu show. Ótimo contador de histórias que ele mesmo protagonizou como jogador.
Imagem positiva…
No Botafogo, além de participação inapropriada para um técnico no episódio em que Paulo Pelaipe proibiu o presidente do Conselho Deliberativo de entrar para assistir ao treino do time, Argel teve conduta que humilhou o Botafogo. Perdia por 1 a 0 e recuou o time enquanto o Mirassol trocava passes na defesa. Pena que Argel não consegue aplicar como técnico a sabedoria que transmitiu no “Resenha”. Criativo e sincero na construção das histórias, fatos engraçados de sua época e a relação com o futebol atual. Um Argel diferente. Convide-o para resenhar, mas não para ser técnico do seu time.