Pela segunda vez consecutiva, os planos de saúde seguem liderando o ranking de reclamações e de atendimentos registrados no Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Segundo dados divulgados na segunda-feira, 13 de março, 27,9% das reclamações, no ano passado, se referem a empresas de planos de saúde.
Trata-se da nona vez, nos últimos dez anos, em que os planos de saúde lideram o ranking. Os planos de saúde só deixaram de figurar no topo da lista em 2020, durante o primeiro ano da pandemia do novo coronavírus, quando os serviços financeiros passaram a figurar em primeiro lugar entre as reclamações.
A principal queixa aos planos de saúde em 2022 foram dúvidas e reclamações a respeito de contratos (27,4%), seguido por falta de informação (18,1%) e reajustes (13,7%). Em segundo lugar no ranking estão os serviços financeiros, responsáveis por 21,2% dos registros. A maior parte das reclamações diz respeito à segurança das transações bancárias e golpes (20,1%), seguida por reclamações referentes a cláusulas contratuais (11,4%).
Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Ribeirão Preto fechou o ano passado com 328.131 usuários de planos de assistência médica-hospitalar, alta de 4,61% e 14.481 beneficiários a mais que os 313.650 de dezembro de 2021. A atual quantidade de pessoas com cobertura de planos de saúde na cidade representa 46,7% da população ribeirão-pretana.
São 702.739 habitantes, segundo dados parciais do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, houve leve queda em relação a novembro, quando a cidade tinha 329.914 usuários de planos de assistência médica. São 1.783 a menos, retração de 0,5%.
Os planos de assistência odontológica saltaram de 150.269 em dezembro de 2021 para 168.044 no mesmo período do ano passado, alta de 11,82% e 17.775 a mais. Em relação a novembro de 2022, quando 166.478 ribeirão-pretanos tinham este tipo de cobertura, o avanço chega a 0,9%. São 1.566 a mais.
Os 168.044 ribeirão-pretanos com cobertura odontológica representam 23,91% da população da cidade, segundo o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Em dezembro, o setor totalizou 50.493.061 usuários em planos de assistência médica no Brasil, maior número desde o mesmo mês de 2014. Já os planos exclusivamente odontológicos registraram 30.950.314 beneficiários
Representa a superação, pela 11ª vez no ano, do recorde histórico neste segmento (de fevereiro a dezembro). Vale destacar também que, em um ano, os planos médico-hospitalares apresentaram crescimento de 3,25% ou 1.590.912 beneficiários a mais em relação aos 48.902.149 de dezembro de 2021.
No caso dos planos exclusivamente odontológicos, somaram-se 2.057.899 beneficiários em doze meses na comparação com os 28.892.415 de 2021, alta de 7,12%. Em relação ao mês anterior, quando eram 30.797.593 associados, o aumento foi de 0,5%, com ganho de 152.721 usuários.
Estado de São Paulo
No Estado de São Paulo, o número de beneficiários de planos de assistência médica-hospitalar saltou de 17.679.392 em dezembro de 2021 para 18.192.142 no mesmo mês do ano passado. São 512.750 a mais, alta de 2,9%. Os planos odontológicos passaram de 10.406.556 para 11.145.976, crescimento de 7,1% e 739.420 a mais.