Por: Adalberto Luque
Ribeirão Preto amanheceu, nesta terça-feira (14), com uma das maiores operações policiais da história da cidade sendo realizada. O objetivo era prender os autores do latrocínio que vitimou o subtenente do Corpo de Bombeiros, Ricardo Luís Falqueto, ocorrido na madrugada de 27 de novembro de 2022, na cidade de Restinga.
Segundo o delegado Seccional de Franca, Wanir José da Silveira, foram mais de dois meses de intensa investigação e planejamento da ação. Durante coletiva de imprensa, o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-3), Jorge Amaro Cury Neto, informou que foram utilizados mais de 400 policiais civis, militares, guardas civis metropolitanos e policiais federais.
“Fizemos a operação integrada planejada há dois meses. Agradeço a todos os policiais civis da região, que estavam a postos de madrugada para colaborar. Agradeço à Polícia Militar pelo apoio fantástico, nos apoiando integralmente. Agradeço também à Guarda Civil Metropolitana pelo apoio que deram. E também à Polícia Federal. A operação foi um marco no que diz respeito à união de todas as Polícias”, afirmou Cury Neto.
O delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Franca, Márcio Murari, explicou que o trabalho foi fruto da investigação do latrocínio onde o PM foi morto na madrugada. “No decorrer das investigações, identificamos 10 envolvidos, o que proporcionou os 10 mandados de prisão e outros 39 de busca e apreensão cumpridos hoje”.
A operação começou a ser cumprida no final da madrugada desta terça-feira (14). Além das equipes com policiais civis, militares federais e GCMs em terra, os helicópteros Águia, da Polícia Militar, deram apoio aéreo.
Até o momento da realização da entrevista coletiva, no final da manhã, pelo menos 15 pessoas já haviam sido presas. Mais de 25 armas teriam sido apreendidas. Com os presos e durante os mandados de busca e apreensão, foram encontrados diversos tipos de drogas.
Em uma das prisões, policiais militares encontraram com o suspeito uma pistola 9 mm e carregador estendido contendo 21 munições, drogas e dinheiro. Em outra prisão, um colete balístico foi encontrado com o detido.
A Polícia Civil informou que o grupo envolvido no latrocínio que vitimou o bombeiro estaria praticando vários furtos e assaltos na zona rural das cidades da região de Franca. O objetivo seria roubar defensivos agrícolas.
Foram cumpridos mandados em Ribeirão Preto, Jardinópolis, Batatais, Sertãozinho e Rifaina. O foco da ação foi a Comunidade do Simioni, na Avenida Magid Simão Trad.
Ainda há policiais nas ruas e o número de presos ou de itens apreendidos pode aumentar. Também haverá o cumprimento de mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (15). Mas o principal da megaoperação foi realizado na manhã desta terça-feira (14).
O latrocínio
Ricardo Luís Falqueto era subtenente do Corpo de Bombeiros. Ele morava em Franca e trabalhava em Ribeirão Preto. Na madrugada de 27 de novembro ele estava de folga e seguia para uma pescaria na zona rural de Rifaina.
Ao perceber que estaria ocorrendo um assalto a uma propriedade rural, tentou intervir. Mas foi brutalmente assassinado, com um tiro na cabeça. Os assaltantes fugiram e passaram a ser investigados, o que desencadeou a operação, considerada uma das maiores da história de Ribeirão Preto. A matéria poderá ser atualizada.