Tribuna Ribeirão
Política

Aprovado projeto de proteção às mulheres

O projeto de lei número 4.534/2021, que tipifica crime de abuso de poder em troca de atividade sexual, foi apro­vado pelo plenário da Câmara dos Deputados, na noite de quarta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher. O texto teve parecer favorável da deputada Maria do Rosário (PT-RS), relatora na Comis­são de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ). A pro­posta agora vai para análise e votação no Senado.

O projeto, da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), es­tabelece nova tipificação no Código Penal e define pena de reclusão de dois a seis anos. Na situação em que a atividade se­xual for consumada, a pena é agravada e passa a ser de 6 a 10 anos de reclusão. Caso o agen­te seja funcionário público, ela será somada àquela que trata de crime contra a administra­ção pública.

Tabata Amaral citou dados da organização Transparên­cia Internacional, segundo os quais, em 2019, na América Latina, uma em cada cinco pessoas foi vítima ou conhecia vítimas desse tipo de conduta quando buscaram algum ser­viço público.

Já a relatora Maria do Ro­sário disse que a aprovação do projeto vai preencher lacuna legislativa existente no Brasil, “mas também servirá de refe­rência internacional diante da lacuna também existente nas leis dos demais países e em tratados e convenções internacionais”.

A Câmara aprovou projeto do deputado federal ribeirão­-pretano Ricardo Silva (PSD­-SP) garantindo às mulheres o direto a acompanhante em casos de procedimentos em que seja necessária a aplica­ção de anestesia e sedação, deixando-as em situação vul­nerável. A proposta (PL nú­mero 612/2022) faz parte de um pacote aprovado pelos pa­ramentares, na quarta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

O deputado acredita que, agora, o projeto será rapida­mente aprovado no Senado e depois sancionado pela Presi­dência da República. “Preci­samos dar essa resposta para as mulheres. Temos que agir para que os criminosos não aproveitem de momentos que já são de grande tensão, como uma cirurgia, para um ato tão tenebroso”, afirma.

Em Ribeirão Preto, a Câ­mara de Vereadores deverá analisar projeto de lei de Igor Oliveira (MDB) que também quer garantir a presença de um acompanhante para as pacientes mulheres duran­te a realização de exames ou procedimentos que utilizem anestesia ou sedação, situa­ções que induzem a paciente à perda da consciência.

O autor do projeto assegura que, com a medida, haverá tes­temunhas caso haja abuso ou assédio, resguardando a víti­ma, principalmente no caso de quadro induzido de inconsci­ência. Afirma ainda que orien­tações sobre o uso de acompa­nhantes foram publicadas por diferentes organizações profis­sionais internacionais.

Cita como exemplo o Co­légio Americano de Ginecolo­gia e Obstetrícia (ACOG) que recomenda a presença de um acompanhante em todos os exames mamários, genitais e retais e que a medida se aplica a exames realizados em ambu­latórios e internações. O projeto não tem data para ser votado.

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