O setor de Alojamento e Alimentação criou 181 mil novos empregos em 2022, chegando a 5,34 milhões de trabalhadores, o maior número para o último trimestre desde 2019, quando foram registrados 5,75 milhões. Nos estabelecimentos do setor de alimentação fora do lar (que representam cerca de 85% do setor), foram mais de 150 mil novos empregos de saldo em 2022.
O levantamento foi feito com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE), na terça-feira, 28 de fevereiro, e organizados pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
“O número de contratações pode ser ainda maior, uma vez que esses dados não refletem completamente as movimentações feitas durante a temporada de verão, que é tradicionalmente um período de grande demanda para o setor de bares e restaurantes”, diz Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.
No entanto, Solmucci alega que o setor ainda sofre os efeitos da pandemia e da falta de “um programa robusto de recuperação por parte do governo”. “Mais da metade dos estabelecimentos não consegue ainda trabalhar com lucro, o que é muito preocupante”, completa Solmucci. O salário médio no setor subiu acima da média geral do país, com ganho de 9,6%, passando a R$ 1.820 (a média geral foi de alta de 8,3%).