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Prefeitura cai em índice de gestão

GUILHERME SIRCILI

Levantamento anual do Tri­bunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), divulgado na semana passada, revela que a prefeitura de Ribeirão Preto foi considerada com baixo nível de adequação. Segundo Índice de Efetividade da Gestão Mu­nicipal (IEG-M), que analisou o desempenho da administração Duarte Nogueira (PSDB) no ano passado, a cidade recebeu nota média C, contra C+ nos anos de 2021 e 2020.

A nota C é a mais baixa do levantamento. O índice foi cria­do em 2015 pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo para medir a eficiência de 644 prefeituras paulistas. Com foco em infraestrutura e processos, avalia a eficiência das políticas públicas nos setores de saúde, planejamento, educação, gestão fiscal, proteção aos cidadãos, meio ambiente e governança em tecnologia da informação.

O levantamento possui cinco faixas de classificação: altamente efetiva (A); muito efetiva (B+); efetiva (B); em fase de adequação (C+) e baixo nível de adequação (C). De acordo com o levanta­mento, quando avaliada por se­tores Ribeirão Preto recebeu nota B em saúde e governança em tecnologia da informação, com notas B, uma gestão efetiva. Já os setores com avaliação ruim são planejamento, educação e cidade, com nota C.

Em educação, o índice mede os resultados do setor por meio de quesitos relacionados à educação infantil e ao ensino fundamental, com foco em infraestrutura esco­lar. Na saúde, mede os resultados da área por meio de quesitos re­lacionados à atenção básica, às equipes de saúde da família, aos conselhos municipais de saúde, a tratamentos e vacinação.

No planejamento são ava­liadas a consistência entre o planejado e o efetivamente im­plementado e a coerência entre as metas e os recursos empre­gados. Já a o índice fiscal analisa os resultados da administração a partir da análise da execução financeira e orçamentária e do respeito à Lei de Responsabili­dade Fiscal (LRF).

Por fim, o meio ambiente mede os resultados das ações relacionadas ao ecossistema que impactam serviços e a qualidade de vida do cidadão. Examina da­dos sobre resíduos sólidos, edu­cação ambiental e estrutura dos conselhos relacionados ao setor, entre outros.

O quesito cidade mede o grau de planejamento de ações relacionadas à segurança dos munícipes diante de eventuais acidentes e desastres naturais e o Governança mede o grau de uti­lização de recursos tecnológicos em áreas como capacitação de pessoal, transparência e segu­rança da informação.

No ano passado, o Índice de Efetividade da Gestão Municipal teve o pior resultado desde o iní­cio da série histórica, iniciada em 2015. No levantamento, o TCE examinou dados de 644 muni­cípios paulistas (todos, exceto a capital) e pela primeira vez, a nota geral foi C, a mais baixa do indicador. Nenhum município paulista recebeu nota B + ou A.

A cidade de São Paulo tem Tribunal de Contas próprio que não é subordinado ao TCE do Estado. As informa­ções para o cálculo do índice são fornecidas pelas adminis­trações municipais e validadas, por amostragem, pelas equipes de Fiscalização do TCESP.

O IEG-M foi um dos finalis­tas do Prêmio Innovare, o mais importante da área jurídica no Brasil, tendo recebido menção honrosa em 2018. Os resulta­dos obtidos também produ­zem informações que têm sido utilizadas por Prefeitos e Vere­adores na correção de rumos, reavaliação de prioridades e consolidação do planejamento dos municípios.

Notas de gestão de Ribeirão Preto

Ano 2022
(ano-base 2021) Nota média: C
Nota por setor
Planejamento: C
Índice Fiscal: C+
Educação: C
Saúde: B
Meio Ambiente: C+
Cidade: C
Governo: B

Ano 2021
(ano-base 2020) Nota média: C+
Nota por setor
Planejamento: C
Índice Fiscal: B
Educação: C+
Saúde: B
Meio Ambiente: B
Cidade: C+
Governo: B+

Ano 2020
(ano-base 2019) Nota média: C+
Nota por setor
Planejamento: C
Índice Fiscal: C+
Educação: C
Saúde: B
Meio Ambiente: B
Cidade: C+
Governo: B+

Fonte – Tribunal de Contas

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