Desde as eleições municipais de 2020 tenho sido apontado como candidato a vários cargos. Nunca fiz nenhuma declaração neste sentido da mesma forma que nunca autorizei ninguém a se manifestar por mim.
Pelo segundo mandato consecutivo, presido a Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), entidade com 118 anos de atuação e 5 mil empresas associadas, que sempre defendeu melhorias para a cidade, sendo responsável por conquistas diversas, como a implantação de universidades e abertura de rodovias.
Entendo que o progresso e a inovação, em todos os campos, passam pela integração e bom relacionamento entre sociedade civil, setor privado e poder público. Desenvolvimento não deixa de ser um ato político.
Nossa entidade sempre respeitou limites. Atuamos politicamente pois assim deve fazer uma entidade de classe representativa. Contudo, reforçamos nosso apartidarismo ao cobrar ações do poder público.
Esta postura sempre nos conduziu na fiscalização dos governos, independentemente de legenda. Desta forma, a participação da Acirp, assim como demonstrado pela história, tem suma relevância para a construção e riqueza de Ribeirão Preto.
Além de estimular a capacitação e fomento do empresariado, somos também membros da sociedade em que estamos inseridos e lutamos em prol dela. Foi assim que a Acirp manteve-se ativa por tanto tempo e também tornou-se uma referência.
Somos parceiros constantes dos órgãos mais diversos, sejam eles públicos, de mídia, acadêmicos ou do terceiro setor, por isso integramos conselhos municipais e projetos de saúde, educação, segurança, urbanismo e cultura, entre outros temas diversos.
Se o fundo de solidariedade e outras entidades beneficentes, as universidades, a Imprensa, o Estado, a Prefeitura, as forças policiais, ou qualquer outra instituição busca nosso apoio para fortalecer boas ações para a cidade, lá está a Acirp disposta a participar e oferecer estruturas e credibilidade a estes agentes.
Dito tudo isso, é com profunda indignação que vemos a associação sendo atacada e injuriada por pessoas de má-fé. A Acirp jamais contratou pessoas para participarem da audiência pública, como foi afirmado por péssimos jornalistas. Se lá estivessem, cumprindo seu papel, veriam justamente o contrário, que foi a participação autêntica da população.
Estivemos na Imprensa divulgando e informando – inclusive contando com o apoio massivo de profissionais de qualidade desta cidade – , estamos organizados com outros grupos ativos e temos a verdadeira manifestação da vontade do povo desta cidade ao nosso lado.
Por isso, não há dúvida de que conseguimos lotar um plenário sem promessas vazias ou incentivos financeiros. Por esta razão tantos estiveram presentes e contrários na última quarta-feira (15) a esse projeto de alteração da lei que absurdamente vem sendo mantido pela Câmara.
Aqueles que trabalham em causa própria e em detrimento dos cofres públicos, sentem-se obviamente confrontados e contrariados. Usam as opiniões de políticos que têm o microfone e a “caneta” a serviço da política eleitoral para confundir a população e manchar a imagem da Acirp e de seus dirigentes.
A Campanha “22 Bastam!” envolve cerca de 30 entidades civis e retoma uma posição popular existente desde 2016, quando mais de 30 mil ribeirão-pretanos disseram ser contrários ao aumento do número de cadeiras na Câmara – a Justiça nos deu razão e, à época, revogou a proposta empurrada goela a baixo da população!
Dito isso, não estou em campanha eleitoral. Não sou candidato. A Acirp não tem candidato, a despeito dos rumores que vêm sendo alimentados a partir de boatos.
Nossa participação política é lícita, honrada e feita em benefício de todos aqueles que, sozinhos, seriam atropelados por esses mesmos interesses eleitorais e forças políticas que nos atacam agora.
Pedimos à população e à Imprensa, aos jornalistas que lutam a boa luta, que filtrem essas maldades ditas por narcisos no espelho, comentaristas de visão limitada e viciada. Minha admiração à Acirp, sua história e a todos os que nela se empenham diariamente para melhorar a sociedade em que vivemos.