Tribuna Ribeirão
Justiça

Caso Regiane – Suspeito de matar a ex vai a júri

A Justiça de Ribeirão Pre­to decidiu levar a júri popular o homem acusado de matar a ex-companheira Regiane Carneiro de Moura Silva, de 26 anos, por estrangulamen­to, e fugir com o filho do casal, de três anos, em 15 de maio do ano passado.

A Polícia Civil de Ribei­rão Preto já havia indiciado o vendedor Ivan Nogueira, de 32 anos, por feminicídio. As investigações apontam que ele é o autor do crime. O foragido também é apontado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) como au­tor do assassinato.

A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) representou e a prisão preventiva do investi­gado foi decretada. A audiên­cia que definiu o júri popular aconteceu na tarde desta ter­ça-feira, 14 de fevereiro, em formato híbrido, pela internet e no Fórum Estadual de Justiça de Ribeirão Preto.

Ao portal g1, o advogado de Ivan Nogueira, Cassiano Figueiredo, disse que vai re­correr da decisão por discor­dar da linha de investigação do Ministério Público. De acordo com ele, “a criança se encontra sob o poder do pai que, legalmente, ainda é o res­ponsável legal”. Ainda não há data prevista para o júri. Atu­almente, o caso é investigado como feminicídio.

Por meio de nota emitida em junho de 2022, a delega­da que cuida do caso, Patrícia de Mariani Buldo, disse que conta com o apoio da popu­lação para ajudar a localizar e prender Ivan Nogueira. As de­núncias podem ser feitas pelo telefone número 181 da Polícia Civil e o sigilo é garantido.

A dona de casa Maria Car­neiro de Moura Silva, mãe da vítima, procurou a Defensoria Pública. Ela busca pelo neto e pede justiça para o genro, acusado pelo suposto femi­nicídio. Regiane Carneiro foi encontrada morta na madru­gada do dia 16 de maio, em Ribeirão Preto.

A Polícia Civil investiga morte por estrangulamento. A vítima estava em sua resi­dência, no Jardim Jóquei Clu­be, Zona Norte da cidade. Por volta de 4h30 de domingo, a Polícia Militar foi acionada pelo sogro da vítima, pai do principal suspeito, um senhor de 62 anos que mora na resi­dência ao lado.

Ele explicou que teria ouvi­do barulhos estranhos vindos da casa do filho e, ao chegar ao local, encontrou a mulher morta no sofá. O idoso acio­nou a PM, que ao chegar à casa, constatou a morte da jo­vem. A testemunha contou aos policiais que o filho e o neto, de três anos, filho do casal, não estavam mais lá quando che­gou à residência.

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Ur­gência (Samu) constatou que ela apresentava hematomas no pescoço e que possivel­mente tinha sofrido esgana­dura. Na mão esquerda, ela segurava uma faca de cozinha, que foi apreendida.

O sogro da vítima, que também é vendedor, afirmou que a mulher mantinha um re­lacionamento conturbado com o filho dele, e que ela possuía uma medida protetiva. Ele também mencionou que, de­pois de a nora ser encontrada morta, não teve mais conta­to com o filho e o neto, assim como não viu o carro do sus­peito na garagem.

A perícia esteve no local do crime, e o caso é investigado pela Polícia Civil. Ao constatar que ele poderia ter fugido, le­vando junto o filho do casal, os policiais militares passaram os detalhes do veículo do suspei­to e o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), teria passado alerta via rádio para as demais viaturas na região.

O carro de Ivan Nogueira foi achado pela Polícia Militar em um canavial na zona rural de Barrinha, em 20 de maio. Segundo o boletim de ocor­rência, o veículo estava vazio, foi apreendido e periciado. No mesmo dia, a Justiça de Ribei­rão Preto decretou a prisão preventiva do suspeito. Ele é considerado foragido. As bus­cas continuam.

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