A Petrobras reduziu o preço médio do diesel A vendido em suas refinarias em 8,8% na última quarta-feira, 8 de fevereiro. O combustível da estatal passou de R$ 4,50 por litro para R$ 4,10 para as distribuidoras, desconto de R$ 0,40. Este é o primeiro reajuste de preços do produto da gestão de Jean Paul Prates na estatal.
A projeção da Central de Monitoramento do Núcleo Postos de Ribeirão Preto, grupo setorial que reúne 85 revendedores da cidade, é de que o preço médio do diesel deve ficar em torno de R$ 6,00 no município, desconto de até R$ 0,36. A redução do preço ocorre um dia após consultorias apontarem que o preço cobrado pela Petrobras estaria R$ 0,76 acima das cotações internacionais.
Levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, realizado entre 5 e 11 de fevereiro, indica que o litro do diesel recuou nos postos de combustíveis de Ribeirão Preto. Despencou de R$ 6,44 (mínimo de R$ 5,89 e máximo de R$ 6,99) para R$ 6,19 (piso de R$ 5,69 e teto de R$ 6,99), queda de 3,9% e desconto de R$ 0,25.
O óleo diesel S-10 sai por R$ 6,38 (piso de R$ 5,69 e teto de R$ 6,99). O preço do litro do diesel vendido em Ribeirão Preto está 0,6% abaixo dos R$ 6,23 da média nacional (custa R$ 0,04 a menos) e 0,5% da estadual, de R$ 6,22 (desconto de R$ 0,03), segundo os dados da ANP.
O litro do óleo diesel na cidade custava entre R$ 5,99 (sem-bandeira) e R$ 6,29 (bandeirados) até a semana passada, e agora caiu para R$ 5,69 nos independentes e R$ 6,09 em parte dos franqueados. Porém, tem posto vendendo o produto por valores mais elevados, de R$ 5,89 e R$ 6,19, respectivamente. Alguns bandeirados ainda praticam o preço antigo, de R$ 6,29, por causa do estoque.
O movimento de baixa nas refinarias acontece em linha com a variação do preço de paridade de importação, em queda nas últimas semanas. Em 3 de fevereiro, um dia antes de Prates assumir, a gestão anterior aumentou o preço médio da gasolina em 7,4%, levando-o de R$ 3,08 para R$ 3,31, incremento de R$ 0,23 por litro.
Considerada a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos de abastecimento, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passa agora a uma média de R$ 3,69 por litro vendido na bomba.
O litro do álcool hidratado está na casa de R$ 3,50. Saltou de R$ 3,52 (mínimo de R$ 3,15 e máximo de R$ 3,89) para R$ 3,56 (mínimo de R$ 3,09 e máximo de R$ 3,89), aporte de R$ 0,04 e aumento de 1,1% na semana em que o produto voltou a cair nas usinas paulistas.
O preço do litro da gasolina está acima de R$ 4,85 na maioria dos mais de 200 postos da cidade. Na semana passada, custava, em média, R$ 4,87 (mínimo de R$ 4,26 e máximo de R$ 5,39). A alta chega a 0,8%, acréscimo de R$ 0,04 em relação aos R$ 4,83 (piso de R$ 4,35 e teto de R$ 5,39) do dia 4 de fevereiro.
A paridade entre o etanol e a gasolina está em 73,1%, segundo a ANP, acima do limite – atingiu 80,5% no final de 2021. Deixou de ser vantajoso abastecer com álcool porque esta relação já supera 70%. A gasolina aditivada custa R$ 5,05 (mínimo de R$ 4,26 e máximo de R$ 5,59) e o litro do óleo diesel S-10 sai por R$ 6,38 (piso de R$ 5,69 e teto de R$ 6,99).
Inflação
Em 2021, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – indexador oficial de preços no país – do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço da gasolina avançou 47,49% no país. O etanol acumulava 62,23% de alta no mesmo período, ante 46,04% do diesel.
No ano passado, os combustíveis registraram queda de 23,87%. A gasolina despencou 25,78%, o álcool recuou 25,42% e o diesel subiu 22,87%. Em janeiro de 2023, os combustíveis registraram alta de 0,68%. O etanol subiu 0,72% e a gasolina avançou 0,83%. O diesel recuou 1,40%.
Usinas
O preço do álcool combustível voltou a cair nas usinas paulistas após duas semanas de alta. Na última sexta-feira (10), recuou 2,18%, após aumentos de 0,64% no dia 3 e de 5,08% em 27 de janeiro. Fechou o ano passado com elevação de 2,69%. Agora, o valor do hidratado está abaixo de R$ 2,65, mas “encostou” nos R$ 3,90 no final de 2021. Baixou de R$ 2,7071 para R$ 2,6481.
O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – agora subiu 1,78%, após altas consecutivas de 2,87% e 1,84% e queda de 4,73% no dia 21 de janeiro. Encerrou 2022 com aumento de 1,58%. Fechou a semana acima de R$ 3,10. Saltou de R$ 3,0769 para R$ 3,1318. Os dados foram divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).