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TURQUIA E SÍRIA – Países somam 23.075 mortes

O terremoto que abalou o sul da Turquia e o norte da Síria na segunda-feira, 6 de fevereiro, alcançou a marca de sexto even­to extremo mais letal do século após o número de mortos ultra­passar 23.000 nesta sexta-feira (10). Foi o pior abalo sísmico desde 1939 na região.

Superou o tremor de 2011, que provocou um tsunami no Japão, matando cerca de 20 mil pessoas. Em 2003, mais de 31 mil pessoas morreram vítimas de ter­remoto no Irã. O pior evento ex­tremo foi o terremoto de 7 graus na Escala Richter que destruiu o Haiti, em 13 de janeiro de 2010, causando 316.000 mortes.

O segundo foi o terremoto de 9,3 graus na Escala Rich­ter, em Sumatra, na Indonésia. Seguido de tsunami, em 26 de dezembro de 2004, no Oceano Índico, que causou cerca de 230 mil mortes. Há 23.075 mortes confirmadas– 19.875 na Tur­quia e mais de 3.200 na Síria.

Os números consideram os balanços fornecidos pelo gover­no nacional e por grupos de res­gate que atuam no noroeste do país, controlado por jihadistas e rebeldes. O terremoto ocorreu na madrugada de segunda-feira, no povoado de Kahramanma­ras, no sudoeste da Turquia, per­to da fronteira com a Síria.

Cerca de 1.500 réplicas fo­ram registradas após o primeiro tremor. Milhares ainda estão de­saparecidos, e mais de 74.000 fi­caram feridos. Mais de 70 países enviaram ajuda humanitária e equipes de resgate, que já chega­ram aos dois países – a primeira equipe do Brasil embarcou na quinta-feira (9) para a Turquia.

O governo turco declarou es­tado de emergência por três me­ses em dez cidades. Cinco dias depois do terremoto de magni­tude 7,8 graus que arrasou o sul da Turquia e o norte da Síria, equipes de resgate encontraram ontem ao menos nove crianças com vida em escombros de pré­dios destruídos pelo tremor em várias cidades dos dois países.

Entre os sobreviventes está um recém-nascido de apenas dez dias. Agachados sob la­jes de concreto e sussurrando “inshallah” (Graças a Deus, em árabe), os socorristas cui­dadosamente enfiaram a mão nos escombros e passaram pelo bebê. Com os olhos bem abertos, a criança, chamada Yagiz Ulas, foi envolta em um cobertor térmico brilhante e levado para um centro médico de campo em Samandag, pro­víncia de Hatay.

Equipes de emergência tam­bém carregaram sua mãe, ator­doada e pálida, mas consciente, em uma maca, mostram ima­gens de vídeo da agência de de­sastres da Turquia. O resgate de crianças pequenas melhorou o ânimo de equipes cansadas em busca de sobreviventes.

Na cidade turca de Kahra­manmaras, 200 quilômetros ao norte de Samandag, equipes de resgate entraram com grande dificuldade em uma bolsa de ar embaixo de um prédio caí­do para encontrar uma criança chorando enquanto a poeira caía em seus olhos.

Mais a leste, em Dyarbakir, no Curdistão turco, outro resgate emocionante: o rosto amedron­tado de outro menino observava o ambiente a seu redor enquanto destroços eram derrubados para retirá-lo do que sobrou de um prédio de apartamentos.

Depois de abrir um buraco maior, os trabalhadores coloca­ram uma máscara de oxigênio em seu rosto e o carregaram para um local seguro. Como o bebê Yagiz, ele foi seguido por sua mãe. Em Nurdagi, perto de Iske­nderun, um socorrista espanhol conseguiu retirar um menino de dois anos que choramingava de um prédio desabado.

Uma corrente humana de soldados da Unidade Militar de Emergências Espanhola (UME) transferiu o menino, Muslim Sa­leh, para uma tenda aquecida, e minutos depois retirou sua irmã de seis anos, Elif, e depois sua mãe, todos vivos e bem, do local.

Do outro lado da fronteira, na Síria, equipes de resgate do grupo Capacetes Brancos ca­varam com as próprias mãos o gesso e o cimento, o ar nublado com poeira espessa, até chegar ao pé descalço de uma jovem vestindo um pijama rosa, agora encardido por dias presa, mas viva e finalmente livre.

Um dia antes, na cidade sí­ria de Azaz, Jomaa Biazid se re­encontrou com seu filho de 18 meses, Ibrahim, que ele não via desde que o terremoto destruiu a casa da família, matando sua es­posa e filha. As equipes de resgate encontraram o menino nos es­combros e o levaram ao hospital, onde um casal postou imagens dele nas redes sociais na esperan­ça de rastrear algum parente.

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