O vereador Alessandro Maraca (MDB) afirmou ao Tribuna que vai se reunir, nesta quinta-feira, 9 de fevereiro, com Simário Santos, reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) para tentar viabilizar uma unidade em Ribeirão Preto. Segundo o parlamentar, a ideia é que a escola possa ser instalada em algum imóvel do município, ou que venha a ser adquirido pela prefeitura.
O reitor terá reunião, às 16 horas, com o parlamentar e o prefeito Duarte Nogueira (PSDB), no Centro Administrativo Prefeito José de Magalhães, sede da prefeitura de Ribeirão Preto. No final do ano passado, Maraca propôs, por meio de indicação ao Executivo, que a prefeitura de Ribeirão Preto faça articulações para a aquisição do antigo prédio do Colégio Metodista, onde seria instalado o campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo.
A proposta foi aprovada na sessão de 15 de dezembro. A vereadora Duda Hidalgo (PT) também quer instalação do Instituto Federal em Ribeirão Preto. No sábado (4), durante a visita do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, à cidade de Araraquara, ela entregou um ofício solicitando a instalação do equipamento.
A parlamentar preside a Comissão de Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Econômico, Relações Internacionais e de Consumo da Câmara de Ribeirão Preto. Segundo vídeo postado pela vereadora, nas redes sociais, o ministro assumiu o compromisso de dar andamento à demanda.
Uma das mais tradicionais escolas da cidade, o Colégio Metodista encerrou suas atividades no começo do ano passado. O anúncio ocorreu em 21 de janeiro de 2022. A escola de 123 anos foi fundada por Leonora Smith no final do século XIX, em 1899. A sede da histórica instituição fica na rua Florêncio de Abreu nº 714, no Centro de Ribeirão Preto, onde atendia havia 108 anos, desde 1914.
O fechamento ocorreu por problemas financeiros da entidade, duramente afetada pela pandemia de coronavírus, de acordo com informações da Rede Metodista, mantenedora da escola. A crise começou em 2015 e teve início com a mudança nas regras do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), mas foi agravada com a pandemia de coronavírus.
Na indicação, o Maraca afirma que o Instituto Federal não tem recursos para construir uma unidade na cidade, mas poderia implantar um polo desde que já tivesse um local disponível e pronto, como é o caso do imóvel da antiga Escola Metodista. Neste caso, o IFSP investiria na estrutura humana e na manutenção do novo polo.
Em 29 de novembro, a prefeitura revogou a lei complementar nº 2.629, de 9 de dezembro de 2013, que autorizou a cessão de direito real de uso da área onde fica a Escola Municipal de Ensino Profissional Básico Doutor Celso Charuri, no Planalto Verde, na Zona Oeste, para o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. A revogação foi aprovada pela Câmara de vereadores no dia 17 de novembro.
A escola é ligada à rede municipal de ensino. Pela lei de 2013, com a concessão, o instituto instalaria uma escola profissionalizante ou abriria salas de aula no atual prédio. A cessão seria pelo prazo de 60 anos e as obras teriam que ser iniciadas em no máximo três anos após a sanção da lei. Em de 17 de abril de 2018, em resposta a oficio da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, a reitoria do Instituto Federal de Educação desistiu do campus.
“Infelizmente, devido ao atual cenário político e econômico, o Ministério da Educação não nos proporcionou recursos para promover a implantação do campus Ribeirão Preto. Deste modo o Instituto sugere que a prefeitura, caso deseje a instalação do campus dirija esforços junto ao MEC e para a implantação do mesmo”, diz parte do ofício.