Tribuna Ribeirão
Cultura

Locher canta Frank Sinatra

O intérprete ribeirão-pre­tano Gabriel Locher estará no Segundo Andar Speake­asy, nesta quinta-feira, 9 de fevereiro, às 21 horas, com o show acústico “Sinatra e os grandes cantores do rádio”. Ele interpretará, em versão acústica, os grandes sucessos do “The Voice” Frank Sinatra (1915-1998).

Também vai interpre­tar sucessos de cantores que marcaram a Era do Rádio, como Nelson Gonçalves (1919-1998), Dick Farney (1921-1987), Nat King Cole (1919-1965), Orlando Silva (1915-1978), Luis Miguel e Andrea Bocelli, entre muitos outros.

O Segundo Andar Spe­akeasy fica na avenida Anhanguera nº 1.087, 12º andar, no bairro Alto da Boa Vista, Zona Sul de Ribeirão Preto. Os ingressos são limi­tados e custam a partir de R$ 20, mas depende do setor do espaço. Informações no Twit­ter (@gabriellocher) ou pelo WhatsApp (16) 99173-3333.

Gabriel Locher, o “novo crooner brasileiro”, é forma­do em Música pela Escola de Comunicação e Artes da Uni­versidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto. Iniciou seus estudos de canto e teatro aos 17 anos com a maestrina Gisele Ganade e com o ator e diretor André Cruz, da Cia. Minaz.

Participou do elenco nas montagens da cantata “Car­mina Burana”, de Carl Orff (1895-1982) e nas óperas “A Flauta Mágica”, de Wolfgang Amadeus Mozart (1756- 1791), “Pagliacci”, de Rugge­ro Leoncavallo (1857-1919), “O Barbeiro de Sevilha”, de Gioachino Rossini (1792- 1868), e dos musicais “Hair”, de Michael Weller, “Ópera do Malandro”, de Chico Buar­que, e os “Saltimbancos”, de Luiz Enriquez (1933-2017), na Cia. Minaz.

Atuou sob a batuta de maestros como Roberto Minczuk, Julio Medaglia, Norton Morozowicz, Cláudio Cruz entre outros. Em abril de 2011 foi finalista do Con­curso Internacional de Canto Maria Callas. Foi o protago­nista na estreia brasileira da ópera “O Basculho da Cha­miné” de Marcos Portugal (1762-1830).

Em 2013, foi solista no “Requiem” de Johannes Brahms (1833-1897) sob a regência do maestro alemão Phillip Amellung juntamente com o Coral da Universidade de Tübingen (Alemanha) e Orquestra Sinfônica de Ri­beirão Preto. Participou de toda a turnê brasileira do es­petáculo Rod Hanna on Bro­adway cantando o musical “O Fantasma da Ópera”.

Sinatra
No dia 12 dezembro de 1915 nascia “The Voice”, ou simplesmente “A Voz”. Fran­cis Albert Sinatra nasceu em Nova Jersey e até hoje é con­siderado uma das vozes mais belas do mundo. Filho único de pais italianos que vieram como imigrantes ao novo continente, em busca de me­lhor sorte, Sinatra nunca es­tudou música.

Autodidata, abandonou o último ano do curso se­cundário para simplesmente cantar. Ele começou a carrei­ra fazendo apresentações em emissoras de rádio. E cantan­do em clubes. Em 1938, ga­nhou um concurso de rádio e tornou-se mestre de ceri­mônias de um famoso clube onde logo se destacou.

O estilo sofisticado e a pose de galã foram funda­mentais para seu sucesso. Com um timbre único, voz aveludada e um olhar sedu­tor, Frank Sinatra chegou ao cinema, e à televisão, cole­cionando romances e vários casamentos, e até mesmo su­postas ligacões com a máfia.

Artista de grande popula­ridade, participou da campa­nha de Franklin Delano Roo­sevelt para a presidência dos Estados Unidos. Seus discos, na época, vendiam dez mi­lhões de cópias por ano. Du­rante sua carreira, Sinatra teve apresentações históricas com artistas como Elvis Presley.

Mas foi com o brasileiro Tom Jobim que ele foi indica­do, em1968, ao Grammy de Álbum do Ano, mas perde­ram para o albúm dos Beatles. Sinatra tinha uma profunda admiração do já consagrado rei da Bossa Nova e sempre que podia demonstrava esse sentimento quando o anun­ciava: “um dos criadores des­te cativante novo ritmo, An­tônio Carlos Jobim”.

No Brasil, na voz dos par­ceiros Sinatra e Jobim, “Garo­ta de Ipanema” explodiu nas rádios e nas ruas. Em 1980, já com um imenso fã clube no Brasil, Sinatra realizou um show que reúne cerca de 180 mil pessoas, no Maracanã. Ao longo de sua carreira, fo­ram 20 álbuns, fora as parti­cipações especiais.

Ele fez mais de 50 filmes, ganhando um Oscar por um deles: “A um Passo da Eter­nidade”. Frank Albert Sinatra decidiu encerrar sua carreira de cantor em 1995, aos 80 anos. E morreu três anos de­pois, em Los Angeles, de ata­que cardíaco.

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