A construção civil, depois do agronegócio, que além de alimentar a população tem toda uma cadeia ligada a inúmeros setores, é a mais importante indústria econômica do Brasil, capaz de transformar vidas e realidades.
Aqui vai um exemplo. Aproveitando o ‘gancho’ do nome de nossa coluna semanal, vamos uma mostrar um lugar onde as construções ajudaram a mudar a cidade – e a economia do lugar!
Falamos de Olímpia, localizada a 130 quilômetros de Ribeirão Preto e onde, até os anos 80, a atividade comercial era muito pequena, praticamente restrita à agrícola.
Aproveitando um contexto local (a descoberta de água quente que brotava do solo em abundância), a pujança da construção civil promoveu uma enorme transformação de realidade no município, que hoje possui pouco mais de 55.000 habitantes e recebe cerca de 3,5 milhões de turistas ao longo do ano.
Do primeiro parque aquático, construído em 1987, o negócio evoluiu. Hoje, uma modalidade chamada multipropriedade, que consiste em vender frações de uma mesma unidade para várias pessoas, que adquirem o direito de usufruir do bem em algumas semanas, alavancou a capacidade hoteleira e, por consequência, a estrutura turística.
Segundo a revista Isto É Dinheiro, que destacou a cidade em recente matéria de capa, assim como o jornal Folha de São Paulo, uma unidade em determinado empreendimento de turismo da cidade é vendida na modalidade por até R$ 1,1 milhão, valor quase quatro vezes superior ao de imóvel semelhante, no centro da cidade.
Com muitos donos, os imóveis se valorizam. E todos ganham.
O Hot Beach, empreendimento de um grupo que tem como um dos sócios o engenheiro civil Newton Ferrato, fechou o ano passado com um crescimento de 23% no número de visitantes, alcançado a marca de 1 milhão de pessoas, e 36% no faturamento, que chegou a R$ 380 milhões.
Esses números permitem à cidade ousar. Olímpia tem projeto para construção de um aeroporto internacional até 2025, antes de outros municípios paulistas, como Ribeirão Preto.
Prova da força da construção civil, que transforma realidades e promove crescimento. O que todas as cidades precisam.