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Cultura

Um mergulho nas cores e dores da vida de Frida Kahlo

A exposição imersiva Frida Kahlo – A Vida de um Ícone foi pensada para colocar o público diante da trajetória de uma das artistas mais populares de todos os tempos. A mostra está mon­tada no estacionamento do Shopping Eldorado, em São Paulo, e pode­rá ser vista até dia 30 de abril. E ela não chega sozinha, pois, no mesmo local, em espaço separa­do, a obra do enigmático artista de rua britânico Banksy tam­bém é apresentada.

As duas mostras estão dispostas em uma tenda no estacionamento do shopping. À esquerda, a que aborda a vida de Frida Kahlo; à direita, os grafites de Banksy. O pro­dutor Rafael Reisman explica que se trata de um projeto ela­borado por cerca de um ano de trabalho, que necessitou de preparação adicional do es­paço para receber tudo o que compõe as mostras. “O piso do shopping, cerca de meta­de da tenda, foi concretado, o que precisou de 16 caminhões de cimento”, destaca.

Dor e arte
Ao entrar na tenda pelo lado esquerdo, o público se depara com a trajetória de Frida Kahlo. Trata-se de uma exposição imersiva e biográ­fica sobre a artista mexica­na nascida em 6 de julho de 1907 e que morreu em 13 de julho de 1954.

Estão dispostos em dez ambientes materiais como fotografias históricas, filmes originais e objetos da artista mexicana. “Vamos contar a trajetória dela de forma cro­nológica”, revela Reisman, que enfatiza se tratar de um even­to sobre a artista e não especi­ficamente sobre sua obra.

Nessa viagem artística, o público passeia por mais de uma hora e entra em contato com as diferentes fases criativas de Frida. “Você passa por diver­sas salas, como a que trata do acidente”, conta o produtor. Ele se refere ao espaço intitulado O Instante, no qual é retratado o desastre de bonde que a artista mexicana sofreu aos 18 anos e que a afetaria por toda a vida, provocando dores constantes. Frida já havia sofrido poliomie­lite durante a infância e uma de suas marcas foi transformar dor em arte. Apesar das dificulda­des, ela era uma pessoa amoro­sa, libertária e que se tornou um ícone do feminismo.

Seguindo em frente, sur­ge a instalação O Sonho, um mergulho, em seguidos vídeos (video mapping), pela criativi­dade da artista, que aflorou in­tensamente durante o período em que esteve acamada. Uma fase de muita dor e resiliên­cia que a impulsionou a criar grande parte de seus trabalhos. Há ainda réplicas de roupas icônicas usadas por ela. “Em seguida, vem uma sala que re­produz uma vila mexicana e que traz referências da artista”, diz Reisman – ele destaca tam­bém que, nessa mesma sala, as pessoas podem fazer desenhos a partir dos que são projetados nas paredes.

Imersão
No espaço principal, a viagem do público chega na conexão interativa, com ima­gens, cores e objetos das obras da mexicana inundando o lo­cal, permitindo entrar de fato em seu mundo criativo. “Uni­verso Frida” ocupa mil metros quadrados e conta com 24 projetores a laser que convi­dam a uma viagem sensorial.

Mesmo a mostra não exi­bindo obras originais, o objeti­vo é fazer com que as pessoas consigam entender como Frida viveu e quais experiências fo­ram por ela usadas para com­por um trabalho que resiste ao tempo, transmitindo desejos, medos, angústias e momentos felizes de uma mulher que este­ve à frente de seu tempo.

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