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As escolas de 2023 devem ser ambientes inovadores e colaborativos que valorizem as individualidades

O início de um novo ano sempre traz aquela sensação de desafio, de expectativas e de preparação para colocar resoluções em prática. No cenário da educação não é diferente. Se 2022 foi o ano em que as escolas tiveram que retomar e readequar as suas práticas de ensino presencial, depois de um período de afastamento e aulas virtuais por conta da covid-19, o ciclo letivo de 2023 deve ser ainda mais impac­tante. Desta vez, porém, com foco no avanço da aprendizagem dos alunos e nas metodologias empregadas.

Entre as principais dificuldades do ano passado, vale destacar a adequação da infraestrutura das escolas e a implementação de solu­ções educacionais para a retomada das aulas presenciais, especialmen­te com foco na recomposição da aprendizagem. Se aparentemente a questão tecnológica se mostra favorável, uma vez que os recursos digi­tais evoluíram muito nos últimos anos, por outro lado, é importante ressaltar o trabalho intenso de pesquisa, conhecimento e reconheci­mento que as instituições de ensino precisam realizar para identificar as ferramentas com a qualidade técnica e pedagógica para atender às demandas de suas realidades. Nesse cenário, existem grandes aliados com papel fundamental: os estudantes! Afinal, eles têm afinidade natural com as tecnologias e não têm “pré-conceitos” em relação ao mundo digital.

A pandemia acelerou a transformação digital! O que já era rápido ficou ainda mais veloz, justamente para suprir necessidades pontuais da nova realidade que vivíamos. Dessa forma, desenhou-se para 2023 um novo formato educacional que aposta ainda mais na tecnologia, mas que encontra um novo desafio: o modelo mais favorável para alunos e educadores ainda não beneficia a todos os brasileiros de ma­neira isonômica, principalmente por conta da desigualdade de acesso. Portanto, mesmo com muitas soluções tecnológicas disponíveis, isso não significa que o desafio foi superado. As defasagens na aprendiza­gem do último biênio ainda refletirão por alguns anos.

O quadro que se pinta para os gestores educacionais é o de um mo­delo de ensino que acabou de nascer, do qual os alunos são os maiores adeptos. Porém, nem todos têm condições de usufruir dos benefícios que ele pode proporcionar. No ano passado, os professores encontra­vam-se em um sistema fragilizado, que exigia muitos esforços para o retorno das aulas. Passado o ápice desse período, há uma retomada gradual à normalidade, com a incorporação de soluções tecnológicas às aulas presenciais, agora já consolidadas.

Ao iniciar o ano letivo, em fevereiro, várias consequências dos últimos dois anos ainda serão percebidas, principalmente porque cada aluno tem seus próprios desafios para enfrentar – é preciso lembrar que cada um vivencia diferentes níveis de desenvolvimento, estilos de aprendizagem, condições sociais e estado socioemocional. Assim, o objetivo da escola em 2023 deve ser oferecer uma educação que dimi­nua as disparidades e reconheça cada aluno como único, buscando sanar suas dificuldades em um ambiente dinâmico e inovador, que oferece oportunidades de autonomia e protagonismo.

Os desafios seguem presentes neste ano (sempre existirão!), mas eles podem ser mitigados com o auxílio e a contribuição de recur­sos tecnológicos para superar defasagens. Existem opções voltadas para a Matemática, abordagem STEAM e soluções de Educação 4.0. Cada vez mais, esses e outros recursos adquirem características de personalização e customização, que levam em conta as competências descritas na BNCC (Base Nacional Comum Curricular), e o perfil de cada aluno, inclusive a socioemocional.

Foram dois anos de muita superação, que levaram as escolas à re­tomada de seu caminhar em 2023. Muitas inovações que eram vistas com desconfiança por pais, professores e gestores mais resistentes, já foram incorporadas ao dia a dia. Os alunos receberam as novidades com naturalidade e animação, consolidando um espaço educacional que 2023 espera e precisa. Para conquistá-lo de vez, é preciso que a educação seja vivenciada em um sentido amplo, com fortalecimento do vínculo entre professor, aluno e comunidade escolar, sempre con­siderando as particularidades de cada indivíduo, buscando soluções que propiciem um espaço pedagógico de colaboração.

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