Tribuna Ribeirão
Economia

Cesta de produtos Abras avança 7,69%

O Abrasmercado – indica­dor que mede a variação de pre­ços nos supermercados – encer­rou o ano em alta de 7,69% na cesta composta por 35 produtos de largo consumo, dentre eles alimentos, bebidas, carnes, pro­dutos de limpeza, itens de higie­ne e beleza. Saltou de R$ 746,85 em novembro para R$ 754,41 em dezembro, reajuste de 1,01% e aporte de R$ 7,56.

Em outubro, o preço mé­dio da cesta nacional era de R$ 743,75. O valor mensal mais alto praticado nos supermer­cados ocorreu em julho, de R$ 778,32, e o menor em janeiro: R$ 709,63. O Abrasmercado também registrou, em dezem­bro, alta de 0,35% no preço da cesta composta exclusivamente por doze alimentos.

Passou de R$ 316,45 para R$ 317,56, acréscimo de R$ 1,11. Era de R$ 319,57 em outubro, quando já havia recuado 2,26% em comparação com setembro – era de R$ 326,96, abatimento de R$ 7,39, segundo a Associa­ção Brasileira de Supermercados (Abras). O pico do ano ocorreu em julho, de R$ 362,84. O menor valor foi o de janeiro: R$ 310,50.

Dentre os alimentos que mais pressionaram o preço da cesta de alimentos no ano os destaques são batata (+56,89), cebola (+51,10%), queijo mus­sarela (+48,05%), farinha de mandioca (+43,34%), refrige­rante (+35,66%) e farinha de trigo (+33,98).

Na contramão, a carne bovina registrou deflação no acumulado do ano e encer­rou o período em queda de -4,77 para os cortes dianteiro e de -3,96 para traseiro. Ou­tras variações negativas foram registradas no biscoito cream cracker (-8,03%), leite longa vida (-4,83%), açúcar refinado (-4,55%), óleo de soja (-4,41%).

Na categoria de higiene e beleza, os produtos com maior variação nos preços foram: sa­bonete (+27,15%), papel higi­ênico (+19,07%), creme dental (+15,06%), xampu (+14,72). Na cesta de limpeza as maiores variações foram puxadas por sa­bão em pó (+28,93%), detergen­te líquido para louças (+18,10%), desinfetante (+13,32%).

Regional
Na análise regional, a me­nor variação no acumulado do ano foi registrada na região Nordeste (+6,53%), seguida por Norte (+8,25%), Sul (+9,12%), Centro-Oeste (+9,48%), Sudes­te (12,56%). Quanto ao preço médio, a região Sul registrou em dezembro a cesta mais cara do país (R$ 843,36), seguida por Norte (R$ 832,62), Sudeste (R$ 760,26), Centro-Oeste (R$ 703,47) e Nordeste (R$ 684,51).

A alta de 1,14% no Sudeste corresponde ao aumento de R$ 8,58 na cesta Abrasmercado, que passou de R$ 751,68 para R$ 760,26, depois de subir 0,61% de outubro (R$ 747,11) para no­vembro. Na época, o acréscimo foi de R$ 4,57. Em doze meses, o avanço é de 12,56%.

O preço médio desta cesta havia recuado no período an­terior, quando passou de R$ 745,03 em setembro para R$ 743,75 em outubro, abatimento de R$ 1,28 e queda de 0,17%. A Abrasmercado já hava registra­do deflação de 1,71% em setem­bro na comparação com agosto, recuando de R$ 757,97 para R$ 745,03 e desconto de R$ 12,94.

Em agosto, a queda em relação a julho foi de 2,61%, de R$ 778,32 (maior valor do ano) para R$ 757,97, abati­mento de R$ 20,35%. O pai­nel é composto por 508 lojas de supermercados pertencentes a redes de expressiva atuação nacional e regional. O setor su­permercadista abriu 341 novas lojas e reinaugurou 167 de ja­neiro a setembro deste ano. Do total de novas lojas, 174 são su­permercados e 167, atacarejos.

IPCA
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – inde­xador oficial de preços no país – fechou o ano passado em alta de 5,79%. Em dezembro, foi de 0,62%. A meta de in­flação perseguida pelo Banco Central era de 3,5%, com teto de tolerância de 5%. O grupo Alimentação e Bebidas saiu de um aumento de 0,53% em no­vembro para uma elevação de 0,66% em dezembro.

Consumo
As medidas de estímulo à economia adotadas pelo gover­no federal sustentaram o consu­mo nos lares brasileiros ao longo de 2022 e o indicador encerrou o ano em alta de 3,89%. É o maior resultado acumulado desde ju­nho de 2021 quando o indicador atingiu 4,01%. No último tri­mestre, o indicador permaneceu em patamar acima de 3%, com altas acumuladas em outubro (3,02%), novembro (3,52%) e dezembro (3,89%).

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