Tribuna Ribeirão
Ciência e Tecnologia

Sinal 5G – RP vai precisar de adequação em lei

Segundo levantamento da Conexis Brasil Digital, que reú­ne as empresas de telecomuni­cações e de conectividade, doze municípios brasileiros com mais de meio milhão de habi­tantes têm leis específicas para a instalação de antenas e de infraestrutura necessária para a expansão do sinal 5G, mas precisam adequar a legislação local à Lei Geral de Antenas e a práticas de licenciamento que forneçam segurança jurídica.

Ribeirão Preto está na lista, segundo a Conexis Brasil Di­gital, ao lado de Caxias do Sul (RS), Contagem (MG), Duque de Caxias (RJ), Feira de Santana (BA), Jaboatão dos Guararapes (PE), Juiz de Fora (MG), Lon­drina (PR), Niterói (RJ), Santo André (SP), São Gonçalo (RJ) e Sorocaba (SP).

Nesses locais, assim como ocorre em algumas capitais que ainda não adaptaram a legisla­ção, a tecnologia 5G pode ser instalada, mas a expansão do sinal e a cobertura em deter­minados bairros ficam com­prometidas. Ribeirão Preto está legalmente apta para a chegada do 5G desde 1º de janeiro.

A nova geração de internet móvel promete revolucionar o uso da tecnologia. Ribeirão Pre­to conta com a lei complementar número 2.990/2019, de autoria do prefeito Duarte Nogueira (PSDB). Até o começo do ano passado, era a única do interior de São Paulo a contar com legis­lação específica sobre o tema.

Na prática, a lei dispõe so­bre normas gerais urbanísticas para instalação de Estruturas de Suporte da Estação Trans­missora de Radiocomunica­ção (ETR) e equipamentos afins autorizados e homologa­dos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Por meio de nota, a prefeitu­ra de Ribeirão Preto reforça que a lei municipal de 2019 já dis­põe sobre a instalação de ETR e equipamentos afins autoriza­dos e homologados pela Anatel. E ressalta que “projeto de lei encaminhado à Câmara Mu­nicipal apenas traz adequações sobre questões administrativas na instalação de antenas.”

Pelo edital da Anatel, o sinal 5G deve estar instalado nas ci­dades com mais de 500 mil mo­radores até julho de 2025, com uma antena para cada dez mil pessoas. A agência reguladora já autorizou a ativação comercial da frequência de 3,5 giga-hertz (GHz) nas 26 cidades. No en­tanto, a adoção da tecnologia também depende das leis locais.

Apenas quatro das 26 cida­des com mais de 500 mil mora­dores, segundo a Conexis Bra­sil, têm legislações e processos burocráticos municipais que tornam o ambiente favorável para a chegada do 5G. Os mu­nicípios são Campos dos Goy­tacazes (RJ), Joinville (SC), São José dos Campos (SP) e Uber­lândia (MG).

Segundo a entidade, que gerencia o projeto Conecte 5G, a existência de leis municipais que facilitem a instalação de antenas, com regras claras e licenciamento ágil, resulta na atração de investimentos, ao oferecer mais segurança jurídi­ca para as operadoras.

Diferentemente das tecno­logias 3G e 4G, o sinal 5G não exige a instalação de torres, com as antenas podendo ser instaladas no topo de prédios e interferindo pouco na paisa­gem urbana. As operadoras de telefonia móvel ainda enfren­tam outro entrave para a ex­pansão do sinal 5G.

Segundo levantamento da Conexis Brasil Digital, dez dos 26 municípios com mais de 500 mil habitantes não têm leis es­pecíficas para a instalação de antenas e demais infraestrutu­ras necessárias para a nova tec­nologia. O levantamento não considera as capitais, que já têm 5G desde o segundo semestre do ano passado.

As cidades que precisam adequar a legislação para rece­ber a tecnologia são Ananin­deua (PA), Aparecida de Goi­ânia (GO), Belford Roxo (RJ), Campinas (SP), Guarulhos (SP), Nova Iguaçu (RJ), Osasco (SP), São Bernardo do Campo (SP), Serra (ES) e Vila Velha (ES).

O leilão da tecnologia 5G, para selecionar as operadoras de serviços de conectividade utilizando a quinta geração da telefonia móvel, arrecadou R$ 47,2 bilhões. O valor ficou abaixo dos R$ 50 bilhões pre­vistos inicialmente pelo go­verno, pois nem todos os lotes foram arrematados.

A Anatel retificou o valor econômico final do leilão da tecnologia 5G para R$ 47,2 bilhões. O número anunciado anteriormente era de R$ 46,79 bilhões. O valor do ágio mé­dio nas outorgas também foi alterado, para aproximada­mente 211,7%.

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