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Respeito com a história

Iniciamos na segunda-feira da semana passada, dia 16 de janeiro, o trabalho de preservação dos objetos históricos do Palácio Rio Branco. Este é o primeiro passo para a preservação deste que é um local símbolo da administração municipal, que foi sede da Prefeitura Municipal nos últimos 105 anos, tendo também abrigado a Câmara Municipal em seus primeiros anos de utilização. Um ícone da gestão pública, o Palácio Rio Branco tem em seu acervo móveis antigos, obras de arte e objetos que ajudam a contar a história política da cidade.

Sonho de muitos prefeitos, coube à nossa gestão retirar a prefeitura do Palácio Rio Branco e cuidar da sua preserva­ção. Inicialmente estamos cuidando do imobiliário e, depois, da restauração do prédio construído entre agosto de 1915 e abril de 1917, tendo sido inaugurado no dia 26 de maio do ano de sua conclusão. Atualmente o Rio Branco é ocupado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e tem toda a envergadura para ser um excelente museu da administração municipal de Ribeirão Preto, além de ser um local apropriado para a realização de atos solenes do poder público municipal.

Com duração de quatro meses, o trabalho realizado será de identificação/catalogação dos objetos históricos existentes, pesquisa e levantamento de dados do Palácio Rio Branco, com o diagnóstico dos objetos históricos, pesquisa histórica e artística do edifício, mobiliário e quadros artísticos, para realização de um inventário.

O Rio Branco já abrigou, além de importantes decisões políticas, um salão de relevantes eventos sociais, incluindo bailes de gala. Quem já esteve no Salão Nobre Duarte Nogueira (em homenagem a meu pai) já viu lá dois espelhos altos com cerca de três metros de altura, incluindo a estrutura. Os espelhos serviam para que os maestros das orquestras percebessem a chegada das principais autoridades, que eram homenageadas com músicas. Há muitas e belas histórias sobre o Palácio que viu a cidade se desenvolver ao longo dos anos.

Também na semana passada demos o primeiro passo para a restauração da avenida 9 de Julho, outro patrimônio histórico da cidade. Na quinta-feira, dia 18, abrimos a licitação para a realiza­ção das obras de restauro. Com orçamento estimativo de R$ 33,1 milhões, a avenida receberá um corredor de ônibus. Todo o pa­vimento da via, entre a avenida Independência e a rua Tibiriçá, será restaurado, assim como o canteiro central do mesmo trecho.

Ao longo da avenida serão implantadas travessias com acessibilidade para pessoas com deficiência nos cruzamentos e implantação de galerias de águas pluviais nas ruas Marcon­des Salgado e São José, ligando a avenida Nove de Julho à avenida Francisco Junqueira.

A 9 de julho, que completou 100 anos no dia 7 de se­tembro do ano passado, já abrigou bares e restaurantes que ficaram famosos, levando a via a ser ponto de encontro da juventude em seus momentos de lazer e diversão. Foi também endereço de grandes mansões pertencentes à elite econômica da cidade. Hoje ela tem instaladas empresas e instituições financeiras que para lá se transferiram pela imponência da avenida, pela sua localização estratégica e pelo seu charme, que será totalmente recuperado com a completa restauração.

Com o trabalho de restauração serão eliminadas as ondu­lações que surgiram ao longo do tempo, permitindo o tráfego confortável de veículos. Com medidas como estas, avançamos para um futuro inovador sem deixar de lado nossas raízes e o importante trabalho das pessoas que aqui estiveram antes de nós, preservando a memória e a história de nossa cidade.

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