Futebol de resultado
Na quinta-feira (19), o Botafogo perdeu (1 a 0) do Palmeiras e foi elogiado por parte da imprensa, pelo técnico Paulo Baier e até por Abel Ferreira, que considerou missão difícil enfrentar o Botafogo em casa com o apoio da torcida, esqueceu que o estádio estava cheio de palmeirenses. No domingo (22), empatou (1 a 1) com Mirassol e foi criticado. A legitimidade da crítica ou elogio depende do caráter, interesse e conhecimento dos autores. Baier é motivacional, Abel justifica erros, a imprensa faz média ou não conhece a matéria. Aliás, até a “infernal” SAF do Botafogo foi elogiada.
Análise prejudicada…
O Botafogo no 1º tempo contra Mirassol foi idêntico ao do jogo com o Palmeiras, fechadinho atrás, defendendo-se, como pequenos fazem contra grandes. Contra o Palmeiras, por desinteresse palmeirense, criou chances e não marcou. Contra o Mirassol teve só uma chance no 1º tempo e marcou. No 2º tempo, com modificações, adiantou-se, melhorou, criou chances, mas o Mirassol foi melhor o tempo todo. Atualmente, comentaristas e narradores veem pela TV os jogos que transmitem, mesmo assim fazem análises táticas, prejudicadas pelas imagens fechadas, sem visão geral do campo. Chute.
Consertar sem errar…
Foram três jogos, o limite é a 5ª rodada para análise definitiva e ajustes com mudanças ou contratações. Na Série A2, o Comercial em três rodadas ganhou apenas um ponto e já decidiu correr atrás de reforços para as quatro vagas que ainda pode inscrever. Na Série A1, o Botafogo não deveria, mas está satisfeito com quatro pontos em três jogos, graças à bendita Portuguesa, freguesa antiga, mas tem ajustes sérios a fazer. Nos dois casos, os consertos têm que ser cirúrgicos. Não pode errar. Se os dois quiserem se encontrar no ano que vem para Come-Fogo oficial, que seja na Série A1.