Pesquisa “Transformação digital, produtividade e crescimento econômico”, desenvolvida pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que o índice de empregos formais vem cedendo espaço aos empregos digitais. De acordo com o levantamento, nos últimos cinco anos o número de empregos digitais teve crescimento de 4,9% em comparação às demais ocupações.
Os dados refletem a capacidade de resiliência dos profissionais do país frente às mudanças socioeconômicas e crises e apontam que benefícios como remuneração acima da média e melhor produtividade de trabalho – superior em relação às demais atividades – têm conquistado o profissional do Brasil.
O estudo revela também a transformação digital como driver para o crescimento econômico, e propõe a elaboração de uma agenda estratégica para criar condições que potencializem a digitalização em diversos segmentos empresariais e econômicos.
Segundo o balanço, nos últimos 5 anos, a oferta digital brasileira cresceu em média 5,7%, enquanto o mercado americano cresceu 7,1%. A pesquisa destaca como a ampliação da oferta digital seria capaz de gerar um acréscimo de R$ 422,7 bilhões na economia brasileira e traça uma meta mais desafiadora, se a oferta digital brasileira alcançasse o patamar atual de representatividade da economia americana, calculado em 10,2% em 2020, o Brasil teria um incremento de 1,12 trilhão de reais na economia.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em setembro do ano passado, o número de trabalhadores formais online era de 6,53 milhões. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostram que a maioria das pessoas nessa condição de contrato de trabalho são mulheres (58,3%), pessoas brancas (60%), com nível superior completo (62,6%) e na faixa etária entre 20 e 49 anos (71,8%). Ribeirão Preto ainda não tem dados disponíveis sobre o total de trabalhadores online.