Em 2011, o Chile foi o quarto país na América Latina e o trigésimo oitavo no mundo por número de publicações científicas. O país mantém doze estações científicas de pesquisa – quatro bases permanentes (operacionais ao longo de todo o ano) e oito com caráter temporário (operacionais apenas no verão) — e sete abrigos na Antártida, enquanto no deserto do Atacama há mais de uma dezena de observatórios astronômicos — como o Very Large Telescope (VLT), o mais avançado e poderoso complexo astronômico do mundo, o Atacama Large Millimeter Array (ALMA), o maior projeto astronômico do planeta, e o La Silla, entre outros. O Chile detém 40% da observação astronômica mundial e, nas próximas décadas, o setor visa desenvolver outros grandes projetos — como o Telescópio Gigante Magalhães, o Large Synoptic Survey Telescope (LSST), o European Extremely Large Telescope (E-ELT) e a ampliação do ALMA — o que fará com que o país concentre cerca de 60% da observação astronômica total do mundo. Desde meados da década de 1990, o Chile teve três satélites artificiais: FASat – Alpha (1995), o FASat –Bravo (1998) e Sistema Satelital de Observación Terrestre (SSOT, 2011). No desenvolvimento da biotecnologia, destaca-se o bioquímico chileno Pablo Valenzuela, que participou da criação da vacina contra a hepatite B, da detecção da hepatite C e no desenvolvimento de um processo para a produção de insulina humana a partir de leveduras, além disso, sob a sua liderança, os cientistas clonaram e sequenciaram o HIV, o vírus causador da AIDS. O país tem sido um pioneiro regional no uso de telecomunicações móveis desde a década de 1990. Foi o primeiro país da América a oferecer serviços GSM em 1997, o primeiro com 3.5G UMTS/HSDPA na América Latina em 2006 e o primeiro com serviço HSPA+, o mais rápido na região, em 2010. Em 2012, os operadores locais começaram a oferecer o serviço da geração 4G.
Tanto o direito à educação quanto a liberdade de educação estão protegidos na Constituição do Chile. No período 2005-2013, a taxa de alfabetização da população acima de 15 anos era de 98,6% (98,5% para mulheres e 98,6% para homens), enquanto entre as pessoas de 15 a 24 anos era de 98,9% para ambos os sexos. Em 2018, a expectativa de vida escolar, do ensino primário ao ensino superior, compreendia um total de 17 anos de estudos, com o país ocupando a terceira melhor posição na América do Sul, atrás apenas da Argentina e Uruguai. Em 2017, o país destinava 5,40% de seu Produto Interno Bruto (PIB) para despesas e investimentos no setor de educação pública. Na América do Sul, apenas a Bolívia (7,30%), o Brasil (6,30%) e a Argentina (5,50%) registram índices de investimento em educação pública maiores que o Chile. Os meios de comunicação de massa tradicionais no Chile são a imprensa escrita, o rádio e a televisão. Em 2013, o Chile já era o 14º país no mundo em número de aeroportos. Durante o período entre o início de assentamentos agrícolas e final do período pré-hispânico, o norte do Chile era uma região de cultura andina que foi influenciada pelas tradições altiplanas e se espalhou para os vales costeiros do norte. Enquanto a região sul era uma área de atividade cultural mapuche. Durante o período colonial, após a conquista, e durante o início do período republicano, a cultura do país foi dominada pelos espanhóis. Outras influências europeias, principalmente inglesa, francesa e alemã, começaram a surgir no século XIX e continuam até hoje, com imigrantes alemães influenciando a arquitetura em estilo bávaro rural e a gastronomia do sul do país. A culinária chilena é um reflexo da variedade topográfica do país, caracterizando uma variedade de frutos do mar, carne, frutas e legumes, tendo sofrido uma notável influência de hábitos culinários indígenas e europeus, especialmente da culinária colonial espanhola.
No final do século XIX, os imigrantes britânicos trouxeram o futebol para o país, que rapidamente se popularizou e se tornou o esporte mais popular, especialmente após sua profissionalização. Mas coube ao tênis ser o esporte mais bem-sucedido do país. A música folclórica do Chile é caracterizada por misturar sons tradicionais indígenas com aqueles oriundos da Espanha. O folclore tradicional foi executado ao longo do tempo por vários artistas e conjuntos musicais. Desde o início dos anos 1960, com o chamado Neofolclore e especialmente durante a década de 1970, com o chamado Nueva Canción Chilena, houve um ressurgimento da música folclórica no país, com artistas investigando as origens musicais chilenas e compondo e apresentando seus próprios temas inspirados nessas investigações. Na década de 1980, grupos consolidaram o jazz fusion com forte influência latino-americana, o qual, anos depois, passou a se chamar Latin American fusion. Por outro lado, a influência de sons de origem anglo-saxônica mais massivos, como o pop e o rock, também permitiram a formação de grupos. O Chile também possui compositores e intérpretes de diversos ramos da música erudita. Nesta área, destaca-se o Festival Internacional da Canção de Viña del Mar, que se realiza desde 1960, considerado o mais conhecido evento musical da América Hispânica.