Tribuna Ribeirão
Economia

Café – Safra deve crescer 7,9% neste ano

A primeira estimativa para a safra de café em 2023 aponta para uma produção de 54,94 milhões de sacas de café bene­ficiado. Mesmo neste ano de bienalidade negativa, a previ­são inicial sinaliza uma pro­dução 7,9% superior à colhida em 2022, que fechou em 50,9 milhões de sacas. As informa­ções são do 1º Levantamento da Safra de Café 2023, divulga­do pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na quinta-feira, 19 de janeiro.

Área
A área total destinada à cafeicultura no país em 2023, contabilizando as duas espé­cies mais cultivadas no país (arábica e conilon), totaliza 2,26 milhões de hectares, au­mento de 0,8% sobre a área da safra anterior, com 1,9 mi­lhão de hectares destinados às lavouras em produção e 355,5 mil hectares em formação.

A produção de café em São Paulo deverá atingir 4,7 mi­lhões de sacas de café arábica beneficiado, sinalizando um volume 7,7% maior que o da safra anterior. O grão deverá ocupar 175,8 mil hectares de área em produção no estado, representando redução de 12% em relação ao último ciclo, se­gundo a Companhia Nacional de Abastecimento.

“Vale destacar que, nos ci­clos de bienalidade negativa, os produtores costumam realizar tratos culturais mais intensos nas lavouras, que só entrarão em produção nos próximos anos”, ressalta o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro. “Nas últimas safras, a estabili­dade na área brasileira de café tem sido compensada pelos ganhos de produtividade, re­presentado pela mudança tec­nológica observada na produ­ção cafeeira no país”.

Arábica
Para o café arábica, as es­timativas iniciais da Conab apontam para uma retomada de produção em Minas Gerais, principal estado cafeicultor do país, o que impacta positiva­mente sobre a perspectiva na­cional, mesmo com os efeitos da bienalidade negativa sobre muitas das regiões produtoras.

A expectativa de produção neste primeiro levantamento é de 37,43 milhões de sacas de café arábica beneficiado, sendo 14,4% superior ao volume ob­tido em 2022. Quanto ao café conilon, depois de uma safra recorde em 2022, a perspectiva para a temporada atual sinaliza uma certa redução no poten­cial produtivo, particularmen­te no Espírito Santo.

Conilon
A produção total está ava­liada, nesse primeiro levanta­mento, em 17,51 milhões de sacas de café conilon benefi­ciado, 3,8% menor que o vo­lume nacional obtido na safra passada. Em outros estados, o boletim anuncia uma produção esperada em São Paulo de 4,72 milhões de sacas da espécie ará­bica, representando crescimento de 7,7% em comparação ao re­sultado obtido em 2022.

Na Bahia, o crescimento previsto é de 0,6% na produ­ção total, com 3,62 milhões de sacas em todo o estado, sendo 1,23 milhão de sacas de ará­bica e 2,39 milhões de sacas de conilon. Em Rondônia, a produção deve chegar em 2,94 milhões de sacas de conilon, acréscimo de 5,1% em compa­ração à safra passada.

No Paraná, onde o cultivo é unicamente de café arábica, há previsão de crescimento de 47,2% na produtividade, com produção chegando a 733 mil sacas. No Rio de Janeiro, a pro­dução estimada em 259,6 mil sacas de café arábica reflete redução de 11,8% em relação à safra passada.

O estado de Goiás também sinaliza redução de 16% na pro­dução, e deverá produzir 233,3 mil sacas de café em 2023. Já em Mato Grosso, a previsão é de crescimento de 2%, alcançando um volume de 232,5 mil sacas, resultado do início de produ­ção dos cafezais clonais inseri­dos a partir de 2020.

Mercado
Nas análises do mercado de café realizadas pela Co­nab, o Brasil, maior produtor mundial do grão, seguido pelo Vietnã e Colômbia, exportou 39,8 milhões de sacas de 60 quilos de café em 2022, o que representa uma queda de 6,3% na comparação com o ano anterior. O café brasileiro foi comercializado internacional­mente com 145 países.

Estados Unidos e Alema­nha foram os principais desti­nos. Apesar da queda na quan­tidade exportada pelo Brasil, o preço elevado do café no exte­rior permitiu que a exportação do produto alcançasse US$ 9,2 bilhões em 2022, correspon­dendo a um aumento de 45% na comparação com o valor observado em 2021.

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