Segundo dados da Secretaria de Saúde de São Paulo sobre o Mutirão de Cirurgias Eletivas – não são urgentes –, lançado no ano passado, o volume de procedimentos represados no estado por causa da pandemia de coronavírus caiu de 538.160 para 80.636, queda de 81,3%. São 437.524 a menos.
As ações da Secretaria de Estado da Saúde atacaram a lista de espera acumulada durante a pandemia e que estava inserida pelos municípios na Central de Regulação e Ofertas de Serviços de Saúde (Cross). O mutirão lançado em 2022, que contempla 54 diferentes tipos de procedimentos, foi o principal motivo para a queda registrada.
Região
Na área de atuação do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS-XIII), que envolve Ribeirão Preto e mais 25 cidades, a queda chega a 65,6%, de 17.752 para 6.107. São 11.645 procedimentos a menos. Na região do DRS-V, de Barretos, que abrange mais 17 municípios, recuou de 7.231 para 1.121, queda de 84,5% e 6.110 pacientes a menos na fila de espera.
Franca
Já no DRS-VIII, de Franca, que envolve ainda mais 21 cidades, a retração chega a 74,6%, de 35.179 para 8.935. São 26.244 a menos. A região de Ribeirão Preto tem o menor percentual entre 17 Departamentos Regionais de Saúde. Entre os principais procedimentos ofertados estão cirurgias oftalmológicas, urológicas, vasculares e ginecológicas, além de cirurgia geral.
“A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que, até dezembro, o Mutirão de Cirurgias reduziu 81,3,% da fila para cirurgias eletivas (não urgentes) que tiveram que ser adiadas pela pandemia, para salvar vidas”, diz a pasta em comunicado enviado ao Tribuna.
Salto
Todos os pacientes atendidos durante o Mutirão de Cirurgias aguardavam na fila da Central de Regulação e Ofertas de Serviços de Saúde e foram agendados pelos 17 Departamentos Regionais de Saúde. O Mutirão de Cirurgias começou em meados de junho com o pagamento de 100% extra da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) do Ministério da Saúde para todos os serviços públicos de saúde.
Além disso, a pasta estadual ampliou a oferta em todas as suas unidades de administração direta e tem realizada a aquisição de procedimentos na rede privada. Na região, já foram realizadas milhares de avaliações pré-cirúrgicas para vesícula, urologia, oftalmologia e hérnia.
Porém, a meta de zerar a fila de 17.752 procedimentos da Cross em quatro meses não foi atingida. No entanto, sem essas ações, o Estado levaria cerca de dois anos para atender toda a demanda reprimida. Todos os hospitais de Ribeirão Preto, sob gestão estadual e municipal, participam, sendo um deles privado, o Hospital São Lucas/Ribeirânia.
Procedimentos
Na lista estão procedimentos no aparelho circulatório, visão, digestivo e abdominais, osteomolecular e geniturinário, das glândulas endócrinas e em nefrologia. O edital de chamamento foi publicado, no Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 26 de maio do ano passado, com investimento previsto de R$ 350 milhões do Tesouro Estadual.