O prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), anunciou nesta quinta-feira, 5 de janeiro, uma dança das cadeiras no primeiro escalão do seu governo. Segundo nota enviada à imprensa, o secretário Ricardo Aguiar sairá da Casa Civil e irá para Esportes no lugar do interino Fabiano Guimarães, que continuará como adjunto naquela pasta. Ricardo Aguiar já foi secretário de Esportes no primeiro mandato de Nogueira, de 2017 a 2020.
Já o secretário de Justiça, Alessandro Hirata deixará a atual pasta e passará a ser o novo titular da Casa Civil. Em seu lugar assumirá Gustavo Furlan Bueno. Na Secretaria da Cultura e Turismo, deixará o governo Isabela Pessotti, assumindo como titular o atual adjunto, Pedro Leão.
Por fim, na Secretaria de Infraestrutura assume Catherine D’Andrea, que deixará o Meio Ambiente, onde assumirá o cargo Laurindo Antônio da Silva.
As nomeações serão publicadas no Diário Oficial desta sexta-feira, 6 de janeiro.
O Tribuna Ribeirão já havia publicado que a troca no comando da Secretaria da Cultura estava sendo pensada pelo Executivo há algum tempo. Mas, ganhou força em função dos problemas daquela pasta com o Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto (Conppac), em relação às obras de reforma do prédio da Casa da Cultura Juscelino Kubitschek, localizada no morro do Mosteiro São Bento.
O assunto acabou indo parar na Polícia Civil depois de Isabela ser acusada pelo presidente do Conppac, Lucas Gabriel Pereira, de falsidade ideológica por causa do imbróglio da reforma no imóvel. Segundo o presidente do Conselho, a secretária teria declarado no processo administrativo dos embargos das obras que elas teriam sido autorizadas verbalmente por ele, sem a entrega do projeto Executivo para análise do Conppac.
Gabriel nega ter dado a autorização. No dia 6 de novembro, ele prestou depoimento na Delegacia Seccional e reafirmou que não deu nenhuma autorização para a reforma. Já na quarta-feira, 23 de novembro, foi a vez da secretária prestar depoimento. Agora o delegado responsável pelo caso irá analisar os depoimentos e documentos para decidir se abrirá ou não inquérito policial.
Traquejo político
Já a troca na Secretaria do Meio Ambiente teria como motivo o fato da secretária Catherine D’Andrea não possuir traquejo político suficiente para enfrentar as críticas e os embates feitos pelos vereadores em relação à política ambiental da cidade.
Segundo as fontes ouvidas pela reportagem, ela teria um perfil técnico muito bom, mas politicamente estaria ‘deixando a desejar’. Por conta disso, vereadores teriam feito pressão para sua saída.