A Central de Monitoramento do Núcleo Postos, entidade que reúne 85 postos de combustíveis de Ribeirão Preto, apurou tendência de queda gradual do preço do etanol para os próximos dias. O comunicado foi distribuído à imprensa na tarde desta quinta-feira, 28 de abril.
“Algumas usinas já iniciaram a moagem da cana para a safra 2022. Com a recomposição dos estoques reguladores e o aumento da oferta de etanol, a tendência é de que o preço caia gradualmente para o consumidor final”, explica Fernando Roca, diretor do Núcleo Postos.
Atualmente o preço médio do etanol, em Ribeirão Preto, passa de R$ 5 por litro. “Nessa semana houve uma pequena redução no preço do etanol das distribuidoras para os postos. Nossa expectativa é de que o preço siga caindo conforme a entrada de mais usinas na safra”, finaliza.
Usinas
O preço do álcool combustível subiu nas usinas paulistas pela quarta semana seguida, mas desta vez a alta ficou em apenas 0,09%,depois de avançar 8,07% no período anterior. O valor do hidratado fechou acima de R$ 3,80, depois de “encostar” nos R$ 3,90 no final de 2021. Saltou de R$ 3,8366 para R$ 3,8401. O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – avançou 3,57%.
Fechou a semana acima de R$ 4,20. Passou de R$ 4,0838 para R$ 4,2295. Os dados foram divulgados na sexta-feira, 22 de abril, pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
Pesquisa da ANP
Segundo o levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 17 e 23 de abril, o preço do etanol subiu para R$ 5,152, alta de 1% na comparação com os R$ 5,102 cobrados até dia 16, depois de chegar a R$ 5,199 em 13 de novembro – o maior valor da história desde que a agência passou a pesquisar preços no município.
O preço do litro da gasolina caiu na maioria dos mais de 200 postos da cidade e agora custa, em média, R$ 6,840, recuo de 1,4% em relação aos R$ 6,935 cobrados até 16 de abril. O preço do diesel baixou de R$ 6,738 para R$ 6,546, queda de 2,8%. Lembrando que estes são os preços médios, ou seja, tem posto cobrando mais ou menos pelos produtos.
A paridade entre os derivados de cana-de-açúcar e de petróleo voltou a ficar acima de 70%. Agora está em 75,3%, depois de passar semanas acima de 80% – chegou a 80,5% no dia 13 de novembro. Deixou de ser vantagem abastecer com álcool. Os preço da gasolina aditivada subiu de R$ 6,985 para R$ 6,997 e o do diesel S10 passou de R$ 6,750 para R$ 6,638 na semana passada, alta de 0,2% e queda de 1,7%, respectivamente.
Em grande parte dos mais de 200 postos de combustíveis da cidade, o derivado da cana-de-açúcar ainda custa mais de R$ 5,50 e o de petróleo supera a barreira de R$ 7,15. O litro do álcool combustível nos postos bandeirados custa, em média, R$ 5,60 (R$ 5,597). Nos sem-bandeira, o produto está sendo vendido por R$ 5,20 (R$ 5,199) em alguns revendedores.
O preço médio da gasolina nos postos franqueados está em R$ 7,20 (R$ 7,197). O diesel é vendido a R$ 7 (R$ 6,997). Nos postos independentes, o preço médio da gasolina é de R$ 6,86 (R$ 6,859). Já o litro do diesel permanece em R$ 6,70 (R$ 6,699). Com base nos valores de R$ 5,60 para o derivado da cana e de R$ 7,20 para o do petróleo, a paridade está em 77,8% e deixou de ser vantajoso abastecer com álcool, já que o limite é de 70%.
Inflação
No ano passado, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço da gasolina avançou 47,49% no país. O etanol acumulava 62,23% de alta no mesmo período, ante 46,04% do diesel.
Em março, todos os combustíveis apresentaram alta de preços. O etanol subiu 3,24%, a gasolina avançou 6,92% e o diesel, 13,49%. No acumulado em doze meses, a gasolina sobe 27,67%, o álcool avança 25,36% e o diesel, 48,26%. No primeiro trimestre de 2022, o etanol tem deflação de 4,34%, o valor da gasolina sobe 5,26% e o do diesel avança 17,52%.